ONU denuncia mortes de imigrantes no Mediterrâneo
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lembrou no Dia Internacional do Migrante a "inaceitável perda de milhares de vidas" no Mar Mediterrâneo
EFE
Publicado em 18 de dezembro de 2016 às 16h38.
Nações Unidas, 18 dez (EFE).- O secretário-geral da Organização das Nações Unidas ( ONU ), Ban Ki-moon, lembrou neste domingo o Dia Internacional do Migrante denunciando a "inaceitável perda de milhares de vidas" no Mar Mediterrâneo e o auge do populismo que ataca os que chegam de outros países.
"Este foi outro ano turbulento para refugiados e migrantes. Vimos uma inaceitável perda de vidas de pessoas em trânsito no Mediterrâneo e outros lugares. E, para completar, fomos testemunhas de um crescimento de movimentos populistas que buscam isolar e expulsar migrantes e refugiados, e jogar neles a culpa de vários problemas da sociedade", lamentou Ban em discurso na ONU.
Ele ressaltou quer é fundamental que os governos cumpram os compromissos que aceitaram em setembro, quando pactuaram nas Nações Unidas melhorar a gestão internacional dos movimentos migratórios. O acordo diz, segundo o diplomata coreano, que tudo isso deve ser feito com compaixão, colocando as pessoas no centro, levando em conta as questões de gênero e com base nos direitos humanos.
"Todo migrante é um ser humano com direitos humanos. Proteger e defender os direitos humanos e liberdades fundamentais de todos os migrantes, sem importar seu status, é um elemento de fundação da Declaração de Nova York", disse sobre o documento adotado neste ano.
A declaração, assinada pelos líderes dos 193 Estados-membros, deve servir, nos próximos anos, de base aos acordos mais concretos para proteger refugiados e imigrantes.
"Devemos rejeitar a intolerância, a discriminação e as políticas impulsionadas pela retórica xenófoba. Os que abusam e procuram prejudicar os migrantes devem ser responsabilizados", insistiu.
Por fim, ele pediu à comunidade internacional para ajudar nos movimentos migratórios seguros, regularizados e ordenados, como uma "grande contribuição à construção de um mundo de paz, prosperidade, dignidade e oportunidade para todos". EFE