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ONU condena crimes cometidos por todos os lados na Síria

Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou resolução que condena violações dos direitos humanos cometidas na Síria por todas as partes envolvidas no conflito

Bandeira da Síria próxima a centro militar: texto foi pactuado por um grupo de trinta países, entre os quais figuram Estados Unidos, Catar e Arábia Saudita (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 11h36.

Genebra -O Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira uma resolução que condena as violações dos direitos humanos cometidas na Síria por todas as partes envolvidas no conflito, sejam forças governamentais, milícias e grupos rebeldes, assim como o uso de armas químicas no país.

O texto foi pactuado por um grupo de trinta países, entre os quais figuram Estados Unidos, Catar e Arábia Saudita, que mantêm uma linha muito crítica frente ao regime de Bashar al-Assad e apoiam de maneira distinta as forças opositoras.

Após trinta meses do início do conflito, o CDH censurou o uso comprovado de armas químicas na Síria, o que é proibido, como lembrou a resolução, pelas normas internacionais.

A votação foi solicitada pela Venezuela, que foi o único país que se pronunciou contra o texto. Outras 40 nações apoiaram a resolução e houve seis abstenções.

No entanto, com o objetivo de obter votos, o texto não atribuiu a nenhuma das partes do conflito responsabilidade pelo uso de armas químicas, que segundo evidências recolhidas por uma equipe de inspetores da ONU foram utilizadas pelo regime.

A resolução adotada hoje pelo principal órgão da ONU sobre direitos humanos é a décima segundo relacionada ao conflito sírio, mas a primeira a obter uma aceitação tão ampla.


O texto afirma que o governo sírio deve autorizar a entrada no país da comissão criada pela ONU para investigar os crimes realizados no contexto do conflito.

A comissão, integrada por renomados juristas internacionais, funciona há dois anos, mas até o momento não conseguiu entrar na Síria, devido à recusa das autoridades.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Eileen Donahoe, afirmou que a mensagem que se procura transmitir ao governo sírio é que "deve deter os ataques indiscriminados contra civis desprotegidos".

Durante o debate no CDH, o embaixador da Síria, Faisal Hamoui, disse que seu governo rejeita uma resolução "politizada" e que pede cooperação com uma comissão "criada ilegalmente e que durante dois anos trabalhou com base em informações que é incapaz de documentar".

Hamoui acusou os países que promoveram a resolução de "encobrir" as ações de países como a Turquia, Catar e Arábia Saudita, que segundo ele ajudariam a aposição armada.

O representante do regime lembrou que seu governo convidou uma das integrantes da comissão a visitar a Síria (a jurista suíça Carla del Ponte), opção que a equipe de juristas rejeitou pois deseja que todos seus integrantes possam entrar no país.

*Matéria atualizada às 11h37

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Genebra -O Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira uma resolução que condena as violações dos direitos humanos cometidas na Síria por todas as partes envolvidas no conflito, sejam forças governamentais, milícias e grupos rebeldes, assim como o uso de armas químicas no país.

O texto foi pactuado por um grupo de trinta países, entre os quais figuram Estados Unidos, Catar e Arábia Saudita, que mantêm uma linha muito crítica frente ao regime de Bashar al-Assad e apoiam de maneira distinta as forças opositoras.

Após trinta meses do início do conflito, o CDH censurou o uso comprovado de armas químicas na Síria, o que é proibido, como lembrou a resolução, pelas normas internacionais.

A votação foi solicitada pela Venezuela, que foi o único país que se pronunciou contra o texto. Outras 40 nações apoiaram a resolução e houve seis abstenções.

No entanto, com o objetivo de obter votos, o texto não atribuiu a nenhuma das partes do conflito responsabilidade pelo uso de armas químicas, que segundo evidências recolhidas por uma equipe de inspetores da ONU foram utilizadas pelo regime.

A resolução adotada hoje pelo principal órgão da ONU sobre direitos humanos é a décima segundo relacionada ao conflito sírio, mas a primeira a obter uma aceitação tão ampla.


O texto afirma que o governo sírio deve autorizar a entrada no país da comissão criada pela ONU para investigar os crimes realizados no contexto do conflito.

A comissão, integrada por renomados juristas internacionais, funciona há dois anos, mas até o momento não conseguiu entrar na Síria, devido à recusa das autoridades.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Eileen Donahoe, afirmou que a mensagem que se procura transmitir ao governo sírio é que "deve deter os ataques indiscriminados contra civis desprotegidos".

Durante o debate no CDH, o embaixador da Síria, Faisal Hamoui, disse que seu governo rejeita uma resolução "politizada" e que pede cooperação com uma comissão "criada ilegalmente e que durante dois anos trabalhou com base em informações que é incapaz de documentar".

Hamoui acusou os países que promoveram a resolução de "encobrir" as ações de países como a Turquia, Catar e Arábia Saudita, que segundo ele ajudariam a aposição armada.

O representante do regime lembrou que seu governo convidou uma das integrantes da comissão a visitar a Síria (a jurista suíça Carla del Ponte), opção que a equipe de juristas rejeitou pois deseja que todos seus integrantes possam entrar no país.

*Matéria atualizada às 11h37

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