O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h30.
Genebra - As cidades com crescimento rápido estão cada vez mais expostas às catástrofes naturais, criticou a ONU por ocasião do dia internacional da prevenção de catástrofes.
"Os regimes meteorológicos não são os únicos que têm mudado, as sociedades humanas também evoluíram. Foram urbanizadas", destaca o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em um comunicado.
"Se os terremotos, as inundações e as tempestades eram devastadores antes, são ainda mais em um mundo cada vez mais dominado pela cidade", completa.
Seis das maiores cidades do planeta ficam sobre falhas sísmicas, segundo a ONU. Mais de um bilhão de pessoas moram em localidades de moradias precárias, especialmente expostas aos deslizamentos de terra, tempestades e inundações.
No total, 3.351 cidades estão situadas em zonas costeiras baixas, que podem ser afetadas pelo aumento do nível do mar.
Desde o início do ano, mais de 236.000 pessoas morreram em diversas catástrofes e 256 milhões foram afetadas por desastres naturais, segundo a ONU, que citou dados do Centro de Investigação de Epidemiologia das Catástrofes (CRED).
"Hoje em dia, o planejamento urbano exige maior previsão e atenção frente aos riscos de catástrofe", declarou a representante especial do secretário-geral da ONU para a redução das catástrofes, Margareta Wahlström.
"Casas, escolas e hospitais mal construídos, situados em planícies inundáveis, sobre falhas sísmicas e ao longo de locais frágeis, expõem milhões de pessoas a catástrofes", completou.
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