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ONU calcula que conflito sírio deixe 5 mil mortos por mês

Conflito também provocou a pior crise de refugiados desde o genocídio em Ruanda, segundo a ONU

Crianças no campo de refugiados de Bab al-Salam, na cidade síria de Azaz: cerca de 1,8 milhão de pessoas se refugiaram nos países vizinhos da Síria, enquanto uma média de 6.000 cidadãos fogem do país todos os dias, afirma ONU (Jm Lopez/AFP)

Crianças no campo de refugiados de Bab al-Salam, na cidade síria de Azaz: cerca de 1,8 milhão de pessoas se refugiaram nos países vizinhos da Síria, enquanto uma média de 6.000 cidadãos fogem do país todos os dias, afirma ONU (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2013 às 13h36.

Nova York - Uma média de 5.000 pessoas morre a cada mês na guerra que atinge a Síria desde março de 2011 e que provocou a pior crise de refugiados desde o genocídio em Ruanda (1994), afirmaram nesta terça-feira funcionários do alto escalão da ONU.

"O número extremamente elevado de mortes atualmente, de aproximadamente 5.000 por mês, demostra a drástica deterioração do conflito", afirmou o subsecretário geral da ONU para os Direitos Humanos, Ivan Simanovic, durante uma reunião sobre a guerra síria.

O Alto Comissário da ONU para os Refugiados, Antonio Guterres, e a chefe de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, convocaram o Conselho de Segurança a impulsionar uma ampla colaboração da comunidade internacional para aliviar a situação dos refugiados e dos sírios que permanecem no país.

Cerca de 1,8 milhão de pessoas se refugiaram nos países vizinhos da Síria, enquanto uma média de 6.000 cidadãos fogem do país todos os dias, afirmou Guterres.

"Não vimos um fluxo de refugiados que se acelerasse em um ritmo tão chocante desde o genocídio em Ruanda, há quase 20 anos", sustentou Guterres.

"Esta crise se prolongou muito mais do que se podia temer, com consequências humanitárias insuportáveis", explicou o chefe do ACNUR.

Já Amos disse que a comunidade internacional deve considerar a possibilidade de realizar operações fronteiriças a fim de fazer chegar ajuda à Síria.

O embaixador Sírio na ONU, Bashar Jaafari, colocou em xeque os números divulgados pelos funcionários da Nações Unidas, ao alegar que procedem de "fontes não profissionais".

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