ONGs pedem fechamento de gulags na Coreia do Norte
As ONGs solicitam à ONU uma visita aos campos de detenção, denominados de "gulags", além da elaboração de um relatório solicitando o fechamento dos locais
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2012 às 14h27.
Paris - Mais de 40 organizações defensoras dos direitos humanos exigiram nesta terça-feira que a ONU abra uma investigação para tentar fechar os campos de concentração na Coreia do Norte , onde estima-se que vivam 200 mil prisioneiros em condições subumanas, inclusive crianças.
Entre os signatários do documento estão a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), a Human Rights Watch (HRW) e a brasileira Conectas, entre outras. As ONGs solicitam à ONU uma visita aos campos de detenção, denominados de "gulags", além da elaboração de um relatório solicitando o fechamento dos locais.
"As condições de vida nos "gulags" são horríveis. Os estabelecimentos são uma das principais catástrofes humanas do mundo atual", afirmou em comunicado o diretor-executivo da organização Persus Strategies, Jared Genser.
No relatório enviado às Nações Unidas, também são mencionados trabalhos forçados de mais de 12 horas por dia sem folgas, em troca de uma porção de cerca de 20 grãos de milho.
"É uma quantidade tão ínfima que os detidos estão obrigados a irem até os dejetos das vacas para encontrar grãos não digeridos e escapar, assim, da morte", aponta o comunicado, a partir do testemunho de um prisioneiro que conseguiu fugir de uma dessas prisões.
Segundo o texto, divulgado em Paris pela FIDH, a condição nos campos ainda é agravada por doenças como tuberculose ou pneumonia, que provocam, a cada ano, a morte de 20% a 25% dos detidos. "Mais de 400 mil prisioneiros morreram nos últimos anos", informa o comunicado.
Além dos trabalhos forçados e da fome, os prisioneiros também são "frequentemente" vítimas de torturas, violações e, às vezes, de execuções extrajudiciais, segundo as organizações. Diante desse cenário, as instituições solicitam à ONU que redija um relatório com as condições reais nesses campos.
O fato foi comparado com as investigações sobre as pessoas detidas pelos Estados Unidos em Guantánamo, onde "um só relatório foi suficiente para esclarecer os abusos cometidos e formular recomendações que reduziram o número de prisioneiros", disseram as ONGs.
As organizações pedem que, assim que for elaborado o relatório, a ONU qualifique os campos de concentração norte-coreanos como "crimes contra a humanidade", e que sejam abertos diálogos com as autoridades de Pyongyang sobre os "gulags".
"As Nações Unidas têm que ajudar os coreanos doentes nos "gulags", é o mínimo que podem fazer", declarou em comunicado David Knaute, responsável para a Ásia da FIDH.
Paris - Mais de 40 organizações defensoras dos direitos humanos exigiram nesta terça-feira que a ONU abra uma investigação para tentar fechar os campos de concentração na Coreia do Norte , onde estima-se que vivam 200 mil prisioneiros em condições subumanas, inclusive crianças.
Entre os signatários do documento estão a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH), a Human Rights Watch (HRW) e a brasileira Conectas, entre outras. As ONGs solicitam à ONU uma visita aos campos de detenção, denominados de "gulags", além da elaboração de um relatório solicitando o fechamento dos locais.
"As condições de vida nos "gulags" são horríveis. Os estabelecimentos são uma das principais catástrofes humanas do mundo atual", afirmou em comunicado o diretor-executivo da organização Persus Strategies, Jared Genser.
No relatório enviado às Nações Unidas, também são mencionados trabalhos forçados de mais de 12 horas por dia sem folgas, em troca de uma porção de cerca de 20 grãos de milho.
"É uma quantidade tão ínfima que os detidos estão obrigados a irem até os dejetos das vacas para encontrar grãos não digeridos e escapar, assim, da morte", aponta o comunicado, a partir do testemunho de um prisioneiro que conseguiu fugir de uma dessas prisões.
Segundo o texto, divulgado em Paris pela FIDH, a condição nos campos ainda é agravada por doenças como tuberculose ou pneumonia, que provocam, a cada ano, a morte de 20% a 25% dos detidos. "Mais de 400 mil prisioneiros morreram nos últimos anos", informa o comunicado.
Além dos trabalhos forçados e da fome, os prisioneiros também são "frequentemente" vítimas de torturas, violações e, às vezes, de execuções extrajudiciais, segundo as organizações. Diante desse cenário, as instituições solicitam à ONU que redija um relatório com as condições reais nesses campos.
O fato foi comparado com as investigações sobre as pessoas detidas pelos Estados Unidos em Guantánamo, onde "um só relatório foi suficiente para esclarecer os abusos cometidos e formular recomendações que reduziram o número de prisioneiros", disseram as ONGs.
As organizações pedem que, assim que for elaborado o relatório, a ONU qualifique os campos de concentração norte-coreanos como "crimes contra a humanidade", e que sejam abertos diálogos com as autoridades de Pyongyang sobre os "gulags".
"As Nações Unidas têm que ajudar os coreanos doentes nos "gulags", é o mínimo que podem fazer", declarou em comunicado David Knaute, responsável para a Ásia da FIDH.