Roma - Mais de uma centena de incêndios castigam a Itália, que sofre uma nova onda de calor em um verão trágico para o país, onde foram registrados mais que o dobro deste tipo de incidente em relação a 2011.

Segundo os dados divulgados nesta terça-feira pelo Corpo Florestal, apenas na segunda-feira 127 incêndios foram declarados em todo o território italiano, especialmente na região sulina de Campânia, onde cerca de 1,5 mil hectares de vegetação foram consumidos pelas chamas desde o dia 1º de agosto.

Michele Ciglione, de 57 anos, membro dos Bombeiros da região de Campânia, morreu enquanto tentava frear o avanço do fogo entre as localidades de Nápoles e Avellino.

Outras províncias mais afetadas pelas chamas foram Calábria, com 27 focos de incêndio; Basilicata, com 18; a Toscana, com 12 e Lazio, cuja capital é Roma, com 11.

A onda de calor que castiga a Itália, a sétima deste verão, contribuiu para agravar a seca em várias áreas do país e, junto com a ação de piromaníacos, são as causas dos desastres, que neste ano destruíram 35 mil hectares, segundo a Confederação Italiana de Agricultores.

Um dos responsáveis dos Bombeiros informou à imprensa local que foram denunciadas cerca de 300 pessoas, "desde o piromaníaco em série até aqueles que ateiam fogo para poder dispor de um terreno para o pastoreio ou a caça".

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Além disso, a associação italiana de agricultores Coldiretti afirmou que existem 300 mil hectares de floresta abandonados pelo fechamento de empresas agrícolas que se encontram à mercê dos maníacos por fogo.

Segundo as previsões meteorológicas, no próximo domingo chegará à Itália a tempestade tropical "Beatriz", que deve alcançar todo o norte e centro do país, o que poderia contribuir para diminuir a seca e a apagar os incêndios.

No entanto, a Confederação Italiana de Agricultores alerta que com a chegada deste novo fenômeno a atenção deve ser redobrada para os possíveis riscos de desequilíbrio hidrogeológico.