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Ômicron divide UE sobre plano para simplificar regras de viagens

Governos da União Europeia estão divididos sobre um plano para mudar as regras com base no status de vacinação de uma pessoa

União Europeia (Yves Herman/File Photo/Reuters)

União Europeia (Yves Herman/File Photo/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 15 de dezembro de 2021 às 11h17.

A variante ômicron do coronavírus atrapalha os planos da União Europeia de simplificar as regras de viagens do bloco, principalmente porque alguns países começaram a adotar novas restrições unilaterais.

Governos da União Europeia estão divididos sobre um plano para mudar as regras com base no status de vacinação de uma pessoa, e não no número de casos em um determinado país. Alguns estados membros querem adiar a decisão para entender melhor o impacto da nova variante, de acordo com um diplomata a par das conversas. Um dos maiores estados membros da UE sugeriu adiar as discussões até janeiro, disse a autoridade.

A Itália planeja exigir testes de Covid para todos os visitantes a partir de quarta-feira, incluindo pessoas vacinadas de outros países da UE, segundo fontes com conhecimento das discussões. A mudança ampliaria o alcance das regras, o que pode atingir ainda mais companhias aéreas e o setor de viagens.

De maneira geral, vários países da UE agora pressionam pela exigência de testes de Covid para qualquer pessoa que viaje para o bloco - o que inclui cidadãos da UE -, enquanto vários outros se opõem a uma abordagem tão abrangente, de acordo com o diplomata. O bloco também está dividido sobre como e se remover a proibição de viagens imposta a países do sul da África, onde a disseminação da variante foi identificada pela primeira vez.

No mês passado, justo quando a nova variante foi detectada, a Comissão Europeia propôs tornar as viagens totalmente dependentes do status do viajante a partir de 1 de março. Segundo esse plano, pessoas vacinadas de qualquer país seriam autorizadas a entrar na UE. Indivíduos com uma vacina aprovada pela Organização Mundial da Saúde ainda não reconhecida pelo regulador de medicamentos da Europa teriam que mostrar comprovante de um teste de PCR negativo como proteção adicional.

A divisão coincide com a cúpula de líderes da UE nesta semana em Bruxelas, que deve abordar a evolução da Covid-19 e da variante ômicron.

“A coordenação de nossas medidas, com base nas melhores evidências científicas disponíveis, é crítica, nomeadamente para preservar a mobilidade”, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em carta na terça-feira convidando líderes da UE para a cúpula.

Líderes da UE devem pressionar por mais urgência nas campanhas de reforço, incluindo o incentivo para um intervalo mais curto entre as doses, segundo um diplomata da UE.

Alguns estados membros querem ver mais dados científicos sobre a nova cepa antes de tomar uma decisão sobre as propostas, disse o diplomata, embora permaneçam divididos sobre quais medidas tomar.

Vários governos também se opuseram às tentativas da Comissão Europeia de agilizar os formulários de localização de passageiros usados pelo bloco para rastrear visitantes, citando questões de privacidade de dados, disse o diplomata.

Apesar das diferenças, os estados membros devem apoiar a proposta da UE de limitar a validade dos certificados de vacinas da Covid a nove meses para viagens com o objetivo de incentivar o uso de doses de reforço, acrescentou a autoridade.

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