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OMC dá parecer misto a recurso da UE sobre Airbus

A entidade deu à União Européia seis meses para cortar os subsídios à Airbus ou eliminar seus efeitos

Os EUA querem que os países que fundaram a Airbus há 40 anos não realizem mais empréstimos futuros (Eric Cabanis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 18h02.

Genebra - Um tribunal comercial derrubou parcialmente uma determinação judicial acusando países-membros da União Europeia de fornecerem subsídios ilegais à Airbus, mas afirmou que a fabricante de aeronaves recebeu bilhões de dólares injustamente que acabaram prejudicando a rival norte-americana Boeing.

Apoiando um recurso feito pelos países europeus, juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC) concordaram que empréstimos governamentais para ajudar a Airbus a desenvolver o maior avião comercial a jato do mundo, o A380, não haviam infringido a proibição de subsídios à exportação, a categoria mais severa de ajuda financeira que pode distorcer a competição do mercado.

No entanto, autoridades norte-americanas disseram que a OMC deu razão a reclamações de que a gigante europeia recebeu subsídios de 18 bilhões de dólares que prejudicaram injustamente a Boeing e seus funcionários.

A entidade deu à UE seis meses para cortar os subsídios ou eliminar seus efeitos, afirmaram autoridades dos Estados Unidos.

Ambos os lados da disputa comemoraram vitória após a OMC divulgar seu último relatório sobre o caso, que se tornou a maior disputa comercial do mundo, afetando mais de 100 mil trabalhadores da indústria aeroespacial.

Mas ambas as empresas rapidamente discordaram sobre o significado do relatório para a próxima geração de aeronaves da Airbus, o A350, que está sendo desenvolvido para competir com o Dreamliner 787, da Boeing.

Há temores no setor de que as discordâncias sobre a forma como o A350 é desenvolvido possam agravar a disputa comercial.

Os EUA querem que os países que fundaram a Airbus há 40 anos --Grã-Bretanha, França, Alemanha e Espanha-- não realizem mais empréstimos futuros, afirmando que os financiamentos se revelaram injustos mesmo após a decisão sobre subsídios à exportação.

Washington diz que a Airbus, cuja controladora EADS possui em caixa 17 bilhões de dólares, pode facilmente sustentar-se sozinha.

O presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, afirmou que a Airbus pode e deve continuar suas parcerias com governos para desenvolver aviões, em um sinal de que irá manter os esforços para negociar empréstimos do Estado para o A350.

Já o gabinete do conselheiro-geral da Secretaria de Comércio dos EUA, Tim Reif, disse que a expectativa é que a União Europeia e os governos ligados à Airbus reprimam ajuda futura para o lançamento de produtos.

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Genebra - Um tribunal comercial derrubou parcialmente uma determinação judicial acusando países-membros da União Europeia de fornecerem subsídios ilegais à Airbus, mas afirmou que a fabricante de aeronaves recebeu bilhões de dólares injustamente que acabaram prejudicando a rival norte-americana Boeing.

Apoiando um recurso feito pelos países europeus, juízes da Organização Mundial do Comércio (OMC) concordaram que empréstimos governamentais para ajudar a Airbus a desenvolver o maior avião comercial a jato do mundo, o A380, não haviam infringido a proibição de subsídios à exportação, a categoria mais severa de ajuda financeira que pode distorcer a competição do mercado.

No entanto, autoridades norte-americanas disseram que a OMC deu razão a reclamações de que a gigante europeia recebeu subsídios de 18 bilhões de dólares que prejudicaram injustamente a Boeing e seus funcionários.

A entidade deu à UE seis meses para cortar os subsídios ou eliminar seus efeitos, afirmaram autoridades dos Estados Unidos.

Ambos os lados da disputa comemoraram vitória após a OMC divulgar seu último relatório sobre o caso, que se tornou a maior disputa comercial do mundo, afetando mais de 100 mil trabalhadores da indústria aeroespacial.

Mas ambas as empresas rapidamente discordaram sobre o significado do relatório para a próxima geração de aeronaves da Airbus, o A350, que está sendo desenvolvido para competir com o Dreamliner 787, da Boeing.

Há temores no setor de que as discordâncias sobre a forma como o A350 é desenvolvido possam agravar a disputa comercial.

Os EUA querem que os países que fundaram a Airbus há 40 anos --Grã-Bretanha, França, Alemanha e Espanha-- não realizem mais empréstimos futuros, afirmando que os financiamentos se revelaram injustos mesmo após a decisão sobre subsídios à exportação.

Washington diz que a Airbus, cuja controladora EADS possui em caixa 17 bilhões de dólares, pode facilmente sustentar-se sozinha.

O presidente-executivo da Airbus, Tom Enders, afirmou que a Airbus pode e deve continuar suas parcerias com governos para desenvolver aviões, em um sinal de que irá manter os esforços para negociar empréstimos do Estado para o A350.

Já o gabinete do conselheiro-geral da Secretaria de Comércio dos EUA, Tim Reif, disse que a expectativa é que a União Europeia e os governos ligados à Airbus reprimam ajuda futura para o lançamento de produtos.

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