O ex-presidente americano Franklin Delano Roosevelt, em 1940 (Hulton Archive/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 5 de novembro de 2024 às 06h16.
Nesta terça-feira, 5, os Estados Unidos vão às urnas escolher o novo presidente do país. Durante o período de campanha, o candidato republicado, Donald Trump, sofreu um atentado a tiros na Pensilvânia enquanto fazia um comício e escapou literalmente por milímetros de uma bala.
Não por acaso, o Serviço Secreto está sempre atento a possíveis novas ameaçar tanto a candidatos como a presidentes eleitos. Afinal, oito presidentes já morreram enquanto estavam no cargo nos EUA — quatro deles, assassinados.
Em todos os oito casos de morte, o vice-presidente assumiu a posição conforme determinado pela linha de sucessão à presidência dos Estados Unidos.
William Henry Harrison foi o primeiro a morrer, e também tem o recorde de menor tempo como presidente, ficando apenas 31 dias no cargo. Já Franklin Delano Roosevelt ocupou a posição por mais tempo até mesmo comparado àqueles que terminaram seus mandatos. Ele teve três mandatos completos e um quarto que foi interrompido pela sua morte — depois, a 22ª emenda constitucional determinou em 1947 que só é possível ocupar o cargo por dois mandatos.
Veja a lista de presidentes dos EUA que morreram durante seus mandatos:
Os Estados Unidos vão às urnas no dia 5 de novembro para escolher seu novo presidente. A disputa se dá entre o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harris.
Cada um dos 50 estados organiza a votação de acordo com suas próprias regras. As urnas fecham em horários variados de acordo com o estado, a partir das 18h na hora local. A maioria deles encerrará a votação às 20h.
Quase todos os estados já começaram a votação de forma antecipada, seja pelo correio ou de forma presencial. Até quarta, 30 de outubro, mais de 50 milhões de votos já haviam sido entregues.
A apuração dos votos começará após o fechamento das urnas. A expectativa é que o resultado possa levar alguns dias para ser conhecido. Em 2020, por exemplo, demorou quatro dias e saiu no sábado.
A demora se dá por várias razões. Os Estados Unidos utilizam voto impresso, o que atrasa a contagem. Além disso, há voto pelo correio e, alguns estados aceitam votos que sejam postados até o dia da eleição, mesmo que eles cheguem nos dias seguintes.
Em caso de números muito apertados, regras locais podem determinar recontagens, o que atrasaria ainda mais o resultado.
Cada um dos 50 estados têm liberdade para fazer sua apuração por conta própria e depois apenas informar os resultados. Não há uma autoridade federal que centralize os números, como o TSE no Brasil. Assim, quem anuncia o resultado final é a imprensa americana, a partir dos dados divulgados pelas autoridades de cada estado.
No entanto, a votação para presidente é indireta. Os resultados das urnas vão moldar a formação do Colégio Eleitoral, que elege o presidente de fato.
A disputa deste ano é entre Kamala Harris e Donald Trump.
Trump, 78 anos, nasceu em Nova York e ficou bilionário com negócios no setor imobiliário e de mídia. Ele ficou famoso nos anos 1980 após construir e reformar grandes edifícios em Nova York. Na década de 2000, apresentou o programa "O Aprendiz", um concurso de empreendedores.
O bilionário entrou na política na década de 2010, após fazer críticas e espalhar teorias infundadas sobre o então presidente Barack Obama. Ele disputou a Presidência em 2016, contra Hillary Clinton, e venceu.
O republicano governou os EUA de 2017 a 2021. Ele perdeu a reeleição para Joe Biden em 2020, e agora disputa a terceira eleição presidencial seguida.
Kamala, 60 anos, nasceu em Oakland, Califórnia. Estudou direito e fez carreira na promotoria. Em 2003, foi eleita procuradora-geral de San Francisco e, em 2010, procuradora-geral da Califórnia.
Depois, migrou para a política e foi eleita senadora pela Califórnia em 2017. Em 2020, disputou as primárias para presidente e foi escolhida como vice na chapa de Joe Biden. Com a vitória democrata, Kamala se tornou a primeira mulher a ser vice-presidente dos EUA.
A democrata assumiu a candidatura presidencial em julho, após Biden desistir da reeleição. Se vencer, ela será a primeira mulher a presidir os Estados Unidos na história.