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Ocupação de parque nos EUA termina com um morto e 5 detidos

O líder do movimento, Ammon Bundy, de 40 anos e morador do estado vizinho de Idaho, está entre os detidos, assim como seu irmão Ryan

Ocupação: o movimento antigovernamental liderado por Ammon Bundy exige que terras federais como as do parque sejam "entregues ao povo" (Rob Kerr / AFP)

Ocupação: o movimento antigovernamental liderado por Ammon Bundy exige que terras federais como as do parque sejam "entregues ao povo" (Rob Kerr / AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 10h06.

Última atualização em 7 de abril de 2017 às 18h06.

A ocupação ilegal durante três semanas de um parque natural do Oregon por militantes armados terminou com um morto, um ferido e cinco detidos, anunciaram as autoridades americanas.

O fazendeiro Ammon Bundy, que liderou em 2 de janeiro a ocupação do Malheur National Wildlife Refuge, no Oregon (noroeste dos Estados Unidos), foi um dos cinco detidos na terça-feira, informou o FBI, a Polícia Federal americana.

Bundy, 40 anos, enfrentará acusações federais por "conspiração para impedir o desempenho dos deveres de funcionários dos Estados Unidos com o uso da força, intimidação e ameaças", afirma o FBI em um comunicado.

Durante a operação, coordenada por agentes do FBI e da polícia estadual do Oregon, enquanto os milicianos viajavam em dois veículos por uma estrada rural, aconteceu uma troca de tiros e um dos ocupantes ilegais morreu.

As autoridades não divulgaram a identidade da vítima fatal, mas a imprensa local informou que seria Robert "LaVoy" Finicum, o porta-voz dos ocupantes.

Outro ocupante ficou ferido, mas está fora de perigo, e foi detido após receber atendimento em um hospital. A imprensa identificou o ferido como o irmão de Ammon Bundy, Ryan, de 43 anos.

Os dois são filhos de Cliven Bundy, um famoso militante antigovernamental, que em 2014 protagonizou um protesto similar contra as autoridades em Nevada.

Depois de uma confusão sobre o número de detidos, o FBI confirmou em um comunicado que foram cinco pessoas.

A imprensa americana informou que o incidente aconteceu quando policiais ordenaram que dois veículos com milicianos parassem em uma blitz de rotina.

Os manifestantes acataram a ordem e se renderam, com exceção de duas pessoas: Ryan Bundy e Finicum.

O Malheur National Wildlife Refuge foi ocupado pela milícia armada em 2 de janeiro, após uma manifestação em apoio a Dwight Hammond Jr., de 73 anos, e seu filho Steven, 46, condenados a cinco anos de prisão por terem provocado vários incêndios em 2001 e 2006 em terrenos do parque que eram usados pelo gado que pertence à família.

O movimento antigovernamental liderado por Ammon Bundy, que incluiria uma dezena de pessoas entre fazendeiros e ex-militares, exige que terras federais como as do Parque Malheur sejam "entregues ao povo".

Além disso, alega que as novas leis para proteger o ecossistema prejudicam sua profissão e defende a ideia de um direito inalienável para que seus animais pastem nos terrenos do estado.

A prolongada ocupação do parque havia provocado a frustração das autoridades do Oregon, que exigiam uma intervenção da polícia para acabar com tal situação.

A governadora do Oregon, Kate Brown, enviou na semana passada uma carta para expressar o descontentamento à secretária de Justiça, Loretta Lynch, e ao diretor do FBI, James Comey.

Na carta, ela denunciou a presença de "criminosos armados que intimidam os vizinhos do condado de Harney (...) e buscam o confronto".

A polícia, tanto a local como a federal, apostou no esgotamento dos ocupantes, mas os Bundy e seus seguidores não deram sinais de querer abandonar pacificamente o parque.

A associação de fazendeiros do Oregon e representantes de tribos ameríndias locais criticaram os métodos radicais dos ocupantes do parque, que agora permanecerá fechado.

Texto atualizado às 11h05.

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