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OCDE vê expansão nos EUA e estagnação na zona do euro

Indicador da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico registrou queda em abril, com exceção dos EUA

Fábrica nos EUA: país foi a exceção nos indicadores (Fabrizio Costantini/Getty Images)

Fábrica nos EUA: país foi a exceção nos indicadores (Fabrizio Costantini/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 08h46.

Paris - Os sinais de expansão econômica continuam nos Estados Unidos, segundo detectou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que em seus indicadores compostos avançados de abril percebe demonstrações de estagnação e de arrefecimento na maior parte dos países da zona do euro.

O indicador - que mede por antecipação pontos de inflexão no ciclo econômico - desceu cinco centésimos em abril para o conjunto dos 34 membros da OCDE, nos 102,97 pontos.

As evoluções dentro do grupo registraram contrastes, nos Estados Unidos o destaque foi a exceção entre os grandes países da organização, com avanço de 10 centésimos, para 103,44 pontos, bem acima do nível 100, que marca a média de longo prazo.

A zona do euro, ao contrário, retrocedeu pelo terceiro mês consecutivo, 26 centésimos, para 102,82 pontos, chegando ao mesmo nível de um ano atrás.

Dentro do grupo da moeda única, a Alemanha desceu ligeiramente (12 centésimos, para 104,44 pontos) e seguiu acumulando avanço de 1,28 pontos em 12 meses, o que levou à OCDE a classificar sua situação de estabilidade no ritmo de expansão.

A Espanha recuou seu índice ainda mais suavemente em abril (três centésimos), mas com 102,25 pontos perdeu 0,94 centésimos em um ano.

Quedas mensais mais importantes ocorreram na França (-46 centésimos, para 101,72 pontos) e na Itália (-55 centésimas, para 101,61 pontos), por isso que o conhecido como o "clube dos países desenvolvidos" interpretou que a situação aponta para um arrefecimento da atividade.

A Grécia seguiu sendo o único país da zona do euro a figurar abaixo da marca dos 100 pontos, com nova diminuição de 24 centésimos em abril, para 97,52 pontos (a perda em 12 meses tinha sido de 1,65 pontos).

Portugal, com o quarto descenso mensal consecutivo (-53 centésimos, em abril) ficou justo acima dessa média de longo prazo com 100,78 pontos, e um descenso de 0,66 pontos em um ano.

Devido às circunstâncias excepcionais do Japão após o terremoto e o tsunami de março, mais uma vez não foram divulgados dados do país.

Fora da OCDE, as grandes economias emergentes diminuíram seus indicadores de abril, em particular Índia (-51 centésimos, para 98,49 pontos), China (-62 centésimos, para 100,48 pontos) e principalmente o Brasil (-64 centésimos, para 98,10 pontos).

Nesses três países, os indicadores mostram arrefecimento do ritmo de crescimento econômico, um pouco menos pronunciado na China, onde o retrocesso acumulado em 12 meses (-1,56 pontos) não foi tão pronunciado como nos outros dois: -2,89 pontos na Índia e -3,33 no Brasil.

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