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OCDE acusa partidários do "Brexit" de enganar eleitores

Gurria questionou a ideia de que a economia britânica seria impulsionada por um regulação menos rígida sobre os negócios após o Brexit


	Brexit: "Os britânicos não ganhariam muito neste fronte", disse Angel Gurria
 (Christopher Furlong / Getty Images)

Brexit: "Os britânicos não ganhariam muito neste fronte", disse Angel Gurria (Christopher Furlong / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de junho de 2016 às 15h36.

Paris - O secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, acusou os que fazem campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia de dar informações "enganosas" e lutar por suas próprias ambições políticas às custas das futuras gerações.

Em uma conferência de imprensa feita par apresentar o relatório sobre as perspectivas sobre a economia europeia, Gurria repetiu os alertas da entidade de que a economia do Reino Unido deve ser prejudicada caso o voto pela saída da União Europeia saia vencedor no referendo de 23 de junho.

Ele disse, no entanto, que esta mensagem não está chegando aos eleitores.

"Sim, certamente a mensagem não está circulando facilmente porque há muita emoção e, francamente, muitas mensagens enganosas", disse.

A opinião da OCDE é a mesma de outras grandes instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização Mundial do Comércio. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, encabeça a campanha pela permanência do país dentro da UE.

Gurria questionou a ideia de que a economia britânica seria impulsionada por um regulação menos rígida sobre os negócios após o Brexit, e citou pesquisas da OCDE identificando o Reino Unido como um dos menos regulados da Europa.

"Os britânicos não ganhariam muito neste fronte", disse.

O secretário-geral também criticou os defensores da separação, afirmando que seus discursos apelam à emoção e não fornecem evidência alguma. "É um discurso fácil."

Fonte: Dow Jones Newswires.

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