Barack Obama cumprimenta membros de audiência depois de falar sobre a lei de saúde, conhecida como Obamacare, no Faneuil Hall, Boston (Brian Snyder/Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2013 às 21h45.
Apenas 100 mil cidadãos americanos sem seguro médico contrataram este serviço em outubro, no primeiro mês de inscrição na reforma do sistema de saúde promovido pelo governo do presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare.
Exatamente, 106.185 pessoas se inscreveram no programa, incluindo as que ainda não pagaram a primeira parcela, revelou o ministério da Saúde.
O número representa apenas 1,5% do objetivo para o período que vai até o final de março de 2014, e a baixa adesão se explica, em particular, pelas dificuldades técnicas encontradas no site do programa.
Como indicativo destes graves problemas que puseram a administração Obama na defensiva, apenas um quarto dos inscritos, exatamente 26.794, utilizaram a página do governo federal healthcare.gov, enquanto o restante acessou sites disponibilizados pelos Estados.
A secretária de saúde, Kathleen Sebelieus, afirmou que há um "forte" interesse dos americanos pelo Obamacare: 26,8 milhões de visitas foram registradas desde 1º de outubro em diferentes páginas da Internet, federais e estaduais.
"Podemos esperar de forma razoável que estas cifras cresçam de maneira importante nos próximos cinco meses", disse Sebelius. O site http://www.healthcare.gov "melhora a cada dia".
Já o presidente da Câmara de Representantes, o republicano John Boehner, afirmou que os números revelam "o fracasso da reforma de saúde do presidente, uma catástrofe ambulante que precisa ser descartada".
A reforma tem por objetivo dar cobertura de saúde para cerca de 30 milhões de americanos e foi uma das principais promessas da campanha de Obama em 2008. Adotada finalmente em 2010, quando os democratas controlavam a Câmara de Representante, a medida foi confirmada pela Suprema Corte em 2012.