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Obama visita Jerusalém antes de discutir guerra na Síria

O próximo destino do presidente americano é a Jordânia


	Crianças palestinas homenageiam Obama (c) após a visita do presidente americano à basílica: em Belém, ele foi recebido pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas (d)
 (Saul Loeb/AFP)

Crianças palestinas homenageiam Obama (c) após a visita do presidente americano à basílica: em Belém, ele foi recebido pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas (d) (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 13h35.

Belém - O presidente americano, Barack Obama, realizou nesta sexta-feira sua primeira viagem oficial à Terra Santa com visitas simbólicas a Jerusalém e Belém, um dia depois de fazer um apelo direto aos israelenses para avançarem nas negociações de paz com os palestinos.

Concluída esta esta primeira viagem de seu segundo mandato na Jordânia, onde o assunto dominante será o conflito sírio.

Em Jerusalém, o presidente visitou o Monte Herzl, onde está enterrado o primeiro-ministro israelense assassinado Yitzhak Rabin, antes de ir ao Memorial Yad Vashem do Holocausto. Ele deixou pedras, segundo o costume judaico, nos túmulos de Theodor Herzl, pai do sionismo, e de Yitzhak Rabin.

Obama almoçou com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. As discussões centraram-se sobre "uma série de desafios à segurança nacional e ao processo de paz com os palestinos", segundo um membro da delegação israelense. "O primeiro-ministro ressaltou a importância da segurança no processo".

Durante a tarde, o presidente dos Estados Unidos realizou uma breve visita à Basílica da Natividade, o local de nascimento de Jesus segundo a tradição cristã, em Belém, na Cisjordânia, onde foi recebido pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Acompanhado por seu secretário de Estado, John Kerry, e Abbas, Obama passou 20 minutos na basílica, o primeiro local palestino inscrito em junho de 2012 como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), uma decisão criticada pelos Estados Unidos.


Barack Obama, devido a uma tempestade de areia, partiu de Belém de limusine e não de helicóptero, como esperado, o que lhe deu a oportunidade de ver a barreira de separação israelense na Cisjordânia.

Em um discurso empolgante para 2.000 jovens israelenses em Jerusalém, o ponto alto da sua visita, o presidente americano exortou na quinta-feira a Israel e os palestinos a escolher a paz, sem contudo traçar um caminho para a solução de dois Estados.

"O propósito da visita de Obama a Israel foi alcançado: ganhou os corações dos israelenses e deu-lhes uma sensação de segurança, na esperança de que assumam a responsabilidade de empurrar seus líderes para um acordo de paz com os palestinos", explicou o jornal israelense Haaretz.

"Obama escolheu chamar os jovens a se revoltarem contra a classe política. Os políticos não farão nada (para agir pela paz com os palestinos), ele lhes disse. Obama havia dito coisas semelhantes a estudantes egípcios há quatro anos na Universidade do Cairo", confirmou o editor do popular jornal Yediot Aharonot.

Os líderes palestinos não têm muito o que comemorar, mas o ministério das Finanças indicou em seu site que os 200 milhões de dólares de ajuda americana bloqueados há meses no Congresso foram pagos em fevereiro, com a aproximação da visita.

Kerry retornará a Jerusalém na noite de sábado, após 24 horas na Jordânia com Obama, para discutir os próximos passos do processo de paz com Netanyahu.

Depois de ter passado grande parte de sua visita em Israel discutindo o programa nuclear iraniano e assegurando as autoridades israelenses do apoio "eterno" dos Estados Unidos, Obama vai tratar da guerra na Síria que já matou mais de 70.000 pessoas e mais de um milhão de refugiados em dois anos, segundo a ONU.

Em Jerusalém, ele insistiu que o presidente sírio, Bashar al-Assad, deve "partir" e advertiu Damasco para "o uso de armas químicas contra o povo sírio ou sua transferência para grupos terroristas."

Obama recusou-se a fornecer ajuda militar aos rebeldes, mas deu apoio logístico, bem como centenas de milhões de dólares em ajuda humanitária.

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