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Obama respalda missão humanitária no leste da Ucrânia

O presidente americano respaldou articulação de missão humanitária no leste da Ucrânia


	O presidente americano, Barack Obama: operação será articulada pela Cruz Vermelha
 (Jewel Samad/AFP)

O presidente americano, Barack Obama: operação será articulada pela Cruz Vermelha (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h48.

Kiev - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, respaldou nesta segunda-feira a articulação de uma missão humanitária no leste da Ucrânia, a qual será articulada pela Cruz Vermelha Internacional e contará com participação da União Europeia, Rússia e outros países.

"Barack Obama confirmou a intenção dos EUA de tomar parte ativa na missão humanitária internacional durante uma conversa telefônica mantida com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko", informou a presidência ucraniana.

De acordo com a fonte, Obama apoiou a iniciativa de Poroshenko de articular "uma missão humanitária internacional em Lugansk sob a égide do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e com participação da UE, Rússia, Alemanha e outros parceiros".

Pouco antes, o presidente russo, Vladimir Putin, comunicou por telefone ao chefe da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, o envio de um comboio humanitário à Ucrânia para socorrer os habitantes do leste da Ucrânia.

Putin justificou sua decisão citando "as catastróficas consequências da operação militar das autoridades de Kiev nas regiões do leste da Ucrânia e a necessidade de uma urgente entrega de ajuda humanitária na região de conflito".

Em sua resposta, Barroso fez uma advertência contra "toda ação militar unilateral", incluindo a humanitária, e expressou sua "preocupação pela concentração de tropas russas próximas à fronteira ucraniana, o que é contrário aos esforços para diminuir a tensão" na região.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, propõe uma missão humanitária internacional sem a presença de um contingente militar, como já havia explicado ontem à chanceler alemã, Angela Merkel.

"Nossa postura é firme. Qualquer incursão, inclusive humanitária, é uma invasão e essa é uma linha vermelha que nenhum Estado pode atravessar", disse.

Esses comboios humanitários entrariam em território ucraniano através das faixas de fronteira controladas por Kiev e, na sequência, seriam escoltados exclusivamente por forças governamentais.

Nos últimos dias, EUA, UE e Otan advertiram à Rússia contra uma intervenção humanitária no país vizinho após uma nova concentração de tropas na fronteira, extremo que Moscou nega categoricamente.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados reconheceu na semana passada que pelo menos 730 mil ucranianos se refugiaram na Rússia desde o último mês de abril, quando começou o conflito no leste da Ucrânia.

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