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Obama quer revisar medidas contra sequestros terroristas

O presidente americano ordenou revisão dos procedimentos aplicados no caso de sequestros no exterior

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama durante discurso (Jason Reed/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama durante discurso (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 09h19.

Washington - O presidente Barack Obama ordenou uma revisão completa dos procedimentos aplicados no caso de sequestros no exterior, segundo uma carta do Pentágono divulgada na segunda-feira.

"O presidente solicitou recentemente uma análise completa da política do governo americano sobre os casos de tomada de reféns no exterior relacionados com o terrorismo", afirma a secretária assistente de Defesa, Christine Wormuth, em uma carta publicada no site The Daily Beast.

A carta, com data do dia 11 de novembro, foi revelada um dia depois da divulgação na internet de um vídeo da execução do refém americano Peter Kassig pelos grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

A decisão de Obama, segundo Wormuth, obedece a "frequência dos sequestros de reféns americanos no exterior e reconhece o perigo que representam certos grupos terroristas específicos".

Wormuth afirma na carta que a revisão dos procedimentos será concentrada no "compromisso das famílias, na coleta de informação e nas políticas de compromisso diplomático".

A carta estava dirigida ao republicano Duncan Hunter, membro do Comitê das Forças Armadas da Câmara de Representantes.

O voluntário Peter Kassig foi o quinto refém ocidental executado pelo EI desde agosto, depois dos jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e dos trabalhadores humanitários britânicos Alan Henning e David Haines.

Os pais de James Foley começaram a arrecadar recursos para pagar um resgate, mas o governo dos Estados Unidos informou que a lei proíbe o pagamento a sequestradores.

A família de Sotloff também foi informada que ficaria sob o risco de processo no caso de uma ação similar.

Fontes do governo americano consideram que a intransigência e recusa sistemática a pagar resgates torna menos atrativos os cidadãos do país para os potenciais sequestradores.

A opinião não é compartilhada por alguns aliados europeus, que em alguns casos pagaram de maneira sigilosa milhões de dólares para libertar seus reféns, incluindo pessoas sequestradas pelo EI.

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