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Obama pede firmeza a democratas para defender a lei de saúde

Segundo Earnest, Obama falou com os congressistas de seu partido sobre as consequências "óbvias e tangíveis" do desmantelamento do "Obamacare"

Obama: "Derrubar o 'Obamacare' não é uma melhoria", advertiu Earnest (Carlos Barria/Reuters)
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EFE

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 18h12.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , pediu nesta quarta-feira aos congressistas de seu partido, o Democrata , que se mantenham firmes contra os esforços republicanos para derrubar sua reforma da saúde, algo que, segundo a Casa Branca, teria "consequências devastadoras" para milhões de pessoas.

Em sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, falou sobre a reunião de hoje entre Obama e legisladores democratas no Capitólio com o objetivo de elaborar uma estratégia que permita proteger sua reforma da saúde, promulgada em 2010 e conhecida popularmente como "Obamacare".

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Segundo Earnest, Obama falou com os congressistas de seu partido sobre as consequências "óbvias e tangíveis", também "devastadoras", do desmantelamento do "Obamacare" para cidadãos de todo o país, entre eles os mais de 20 milhões que tiveram acesso à cobertura sanitária graças a essa lei.

"Derrubar o 'Obamacare' não é uma melhoria", advertiu Earnest ao ressaltar que o próprio Obama reconhece que a lei não é perfeita, mas nunca encontrou "vontade" entre os republicanos para tentar emendar seus pontos fracos.

O presidente americano também aconselhou hoje aos democratas que se oponham a "resgatar" os republicanos ajudando-lhes a aprovar medidas para substituir o "Obamacare", de acordo com informação de vários dos presentes no encontro, que aconteceu a portas fechadas, citados pela emissora "CNN".

Apesar da insistência dos jornalistas, Obama não fez declarações ao deixar o Capitólio e disse de forma seca que sua mensagem aos democratas foi: "Cuidem do povo americano".

Após a reunião com o presidente, os principais líderes democratas do Congresso compareceram em entrevista coletiva para denunciar que os republicanos "não têm ideia" nem um plano concreto para substituir o "Obamacare".

O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, ressaltou que a consequência de derrubar a reforma será "voltar a adoecer" o país e não "torná-lo grande", parafraseando o lema de campanha do agora presidente eleito, Donald Trump.

Por sua parte, o líder da minoria democrata na Câmara, Nancy Pelosi, declarou que o atendimento sanitário "é um direito, não um privilégio", e que Obama lhes perguntou hoje se estão "prontos" para brigar no Congresso pelo "Obamacare".

Em paralelo à reunião dos democratas, o vice-presidente eleito dos EUA, Mike Pence, realizou um encontro com legisladores republicanos no Capitólio para transmitir-lhes a mensagem que a primeira ação do novo Congresso instalado nesta terça-feira deve ser "derrubar e substituir o 'Obamacare'".

Em entrevista coletiva após essa reunião, Pence detalhou, além disso, que Trump tomará ações contra o "Obamacare" desde seu "primeiro dia" no Salão Oval, com a assinatura de várias ordens executivas.

Segundo o antecipado por Pence, Trump usará sua autoridade executiva para complementar os esforços já iniciados no Congresso pelos republicanos, com maioria em ambas casas, para elaborar um projeto de lei que permita derrubar a reforma de Obama.

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