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Obama pede a Putin que retire tropas da fronteira ucraniana

Putin ligou para Obama nesta sexta para discutir a proposta americana sobre a situação na Ucrâni

Barack Obama: presidente americano "sugeriu que a Rússia apresente uma resposta por escrito" ao que Washington ofereceu (AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 20h49.

O presidente americano, Barack Obama , pediu nesta sexta-feira à Rússia que retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia, depois da operação na Crimeia que, segundo o presidente russo Vladimir Putin , foi um "teste bem sucedido" para seu exército.

Em uma entrevista exibida pelo canal CBS News antes de uma visita à Arábia Saudita, Obama disse que a decisão de Putin de concentrar forças militares na fronteira pode ser "simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais".

Apesar das estimativas diferentes sobre o número de militares russos concentrados na fronteira, de acordo com as fontes, Obama destacou que para "aliviar a situação" a Rússia deveria ordenar "o recuo das tropas e começar negociações diretamente com o governo ucraniano, assim como com a comunidade internacional".

Putin ligou para Obama nesta sexta para discutir a proposta americana sobre a situação na Ucrânia, que será abordada diretamente pelos chefes da diplomacia de ambos os países, indicou a Presidência americana.

Obama "sugeriu que a Rússia apresente uma resposta por escrito" ao que Washington ofereceu.

A proposta dos Estados Unidos é a primeira desde que o governo americano impôs novas sanções contra autoridades russas ou próximas a Putin e contra alguns bancos pela anexação da península ucraniana da Crimeia.

O presidente Obama ameaçou atingir "setores-chave" da economia russa, se Moscou não mudar de postura, e passou grande parte de sua viagem pela Europa nesta semana buscando o apoio de seus aliados contra a Rússia.

Durante cerimônia no Kremlin nesta sexta, Putin confirmou implicitamente a participação de militares russos na tomada de controle da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia após o referendo separatista de 16 de março que desatou a crise com o Ocidente.


"Os acontecimentos na Crimeia foram um teste. Demonstraram as novas capacidades de nossas Forças Armadas e a moral sólida dos homens", declarou o presidente russo

O profissionalismo dos militares russos "permitiu evitar as provocações e impediu o derramamento de sangue, além de ter garantido as condições de um referendo livre e pacífico", disse Putin.

"Agora temos que continuar com o desenvolvimento das capacidades de combate das unidades de nossas Forças Armadas, incluindo no Ártico".

No fim de fevereiro, Putin solicitou e conseguiu que o Senado russo autorizasse uma intervenção do exército na Ucrânia.

Homens armados, mas sem o distintivo de sua nacionalidade, tomaram o controle das infraestruturas da península da Crimeia, mas nunca houve uma confirmação oficial até agora da intervenção de militares russos.

Mais cedo, Viktor Yanukovytch, o presidente destituído ucraniano em 22 de fevereiro, fez sua terceira aparição desde que fugiu para a Rússia e pediu a organização de referendos em cada região da ex-república soviética para determinar seu status.

"Como presidente que está com vocês em pensamento e com a alma, peço a cada cidadão razoável da Ucrânia: não deixem que os impostores usem vocês! Exijam a organização de um referendo sobre o status de cada região da Ucrânia", declarou, em um apelo ao povo ucraniano divulgado pela agência russa ITAR-TASS.

Ele descartou a "possibilidade de eleições justas", mas Kiev se prepara para uma votação em 25 de maio. Os postulantes à presidência têm até o próximo domingo para anunciar as candidaturas.


Pró-europeus favoritos

Com a candidatura de Yulia Timoshenko, que aos 53 anos se mostra mais decidida do que nunca, a campanha promete ser acirrada entre os líderes do movimento pró-europeu, que lideram as pesquisas.

O ex-campeão de boxe Vitali Klitschko poderia ceder sua candidatura ao ex-ministro e empresário Petro Porochenko, favorito das pesquisas. Outros candidatos que aparecem com bons números nas sondagens são o nacionalista Oleg Tiagnikboke e o líder do movimento paramilitar ultranacionalista Pravy Sektor, Dimytro Yaroch.

Vários representantes do Partido das Regiões, de Yanukovytch, já manifestaram interesse.

Timoshenko, que deixou a prisão no dia da destituição de Yanukovytch, apresentou o tom de sua campanha ao chamar o presidente russo Vladimir Putin de inimigo número um e prometer o fim da "agressão" de Moscou.

A rápida anexação da península pela Rússia foi condenada na quinta-feira por uma resolução não vinculante da Assembleia Geral da ONU.

O governo russo chamou de "iniciativa contraproducente" a resolução, que apenas complica a solução da crise política na Ucrânia.

As autoridades de transição em Kiev tentam manter a pressão e alertam sobre a possibilidade de uma intervenção russa no leste da Ucrânia, com população majoritária de língua russa.

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O presidente americano, Barack Obama , pediu nesta sexta-feira à Rússia que retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia, depois da operação na Crimeia que, segundo o presidente russo Vladimir Putin , foi um "teste bem sucedido" para seu exército.

Em uma entrevista exibida pelo canal CBS News antes de uma visita à Arábia Saudita, Obama disse que a decisão de Putin de concentrar forças militares na fronteira pode ser "simplesmente um esforço para intimidar a Ucrânia, ou pode ser que eles tenham planos adicionais".

Apesar das estimativas diferentes sobre o número de militares russos concentrados na fronteira, de acordo com as fontes, Obama destacou que para "aliviar a situação" a Rússia deveria ordenar "o recuo das tropas e começar negociações diretamente com o governo ucraniano, assim como com a comunidade internacional".

Putin ligou para Obama nesta sexta para discutir a proposta americana sobre a situação na Ucrânia, que será abordada diretamente pelos chefes da diplomacia de ambos os países, indicou a Presidência americana.

Obama "sugeriu que a Rússia apresente uma resposta por escrito" ao que Washington ofereceu.

A proposta dos Estados Unidos é a primeira desde que o governo americano impôs novas sanções contra autoridades russas ou próximas a Putin e contra alguns bancos pela anexação da península ucraniana da Crimeia.

O presidente Obama ameaçou atingir "setores-chave" da economia russa, se Moscou não mudar de postura, e passou grande parte de sua viagem pela Europa nesta semana buscando o apoio de seus aliados contra a Rússia.

Durante cerimônia no Kremlin nesta sexta, Putin confirmou implicitamente a participação de militares russos na tomada de controle da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia após o referendo separatista de 16 de março que desatou a crise com o Ocidente.


"Os acontecimentos na Crimeia foram um teste. Demonstraram as novas capacidades de nossas Forças Armadas e a moral sólida dos homens", declarou o presidente russo

O profissionalismo dos militares russos "permitiu evitar as provocações e impediu o derramamento de sangue, além de ter garantido as condições de um referendo livre e pacífico", disse Putin.

"Agora temos que continuar com o desenvolvimento das capacidades de combate das unidades de nossas Forças Armadas, incluindo no Ártico".

No fim de fevereiro, Putin solicitou e conseguiu que o Senado russo autorizasse uma intervenção do exército na Ucrânia.

Homens armados, mas sem o distintivo de sua nacionalidade, tomaram o controle das infraestruturas da península da Crimeia, mas nunca houve uma confirmação oficial até agora da intervenção de militares russos.

Mais cedo, Viktor Yanukovytch, o presidente destituído ucraniano em 22 de fevereiro, fez sua terceira aparição desde que fugiu para a Rússia e pediu a organização de referendos em cada região da ex-república soviética para determinar seu status.

"Como presidente que está com vocês em pensamento e com a alma, peço a cada cidadão razoável da Ucrânia: não deixem que os impostores usem vocês! Exijam a organização de um referendo sobre o status de cada região da Ucrânia", declarou, em um apelo ao povo ucraniano divulgado pela agência russa ITAR-TASS.

Ele descartou a "possibilidade de eleições justas", mas Kiev se prepara para uma votação em 25 de maio. Os postulantes à presidência têm até o próximo domingo para anunciar as candidaturas.


Pró-europeus favoritos

Com a candidatura de Yulia Timoshenko, que aos 53 anos se mostra mais decidida do que nunca, a campanha promete ser acirrada entre os líderes do movimento pró-europeu, que lideram as pesquisas.

O ex-campeão de boxe Vitali Klitschko poderia ceder sua candidatura ao ex-ministro e empresário Petro Porochenko, favorito das pesquisas. Outros candidatos que aparecem com bons números nas sondagens são o nacionalista Oleg Tiagnikboke e o líder do movimento paramilitar ultranacionalista Pravy Sektor, Dimytro Yaroch.

Vários representantes do Partido das Regiões, de Yanukovytch, já manifestaram interesse.

Timoshenko, que deixou a prisão no dia da destituição de Yanukovytch, apresentou o tom de sua campanha ao chamar o presidente russo Vladimir Putin de inimigo número um e prometer o fim da "agressão" de Moscou.

A rápida anexação da península pela Rússia foi condenada na quinta-feira por uma resolução não vinculante da Assembleia Geral da ONU.

O governo russo chamou de "iniciativa contraproducente" a resolução, que apenas complica a solução da crise política na Ucrânia.

As autoridades de transição em Kiev tentam manter a pressão e alertam sobre a possibilidade de uma intervenção russa no leste da Ucrânia, com população majoritária de língua russa.

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