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Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 07h13.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta quinta-feira para o presidente egípcio, Mohammed Mursi, para expressar "sua profunda preocupação" pelos mortos e feridos causados pelas últimas manifestações no Cairo, informou a Casa Branca em comunicado.
A tensão entre as diversas forças egípcias aumentou desde que há duas semanas Mursi aumentou seus poderes, diminuiu as prerrogativas do judiciário e convocou um referendo sobre a nova Constituição para 15 de dezembro.
Nos choques iniciados ontem no Cairo nas proximidades do palácio presidencial, pelo menos seis pessoas morreram e centenas ficaram feridas. Os arredores do edifício foram evacuados nesta quinta-feira pela Guarda Republicana.
"O presidente insistiu que todos os líderes políticos no Egito devem deixar claro aos seus seguidores que a violência é inaceitável", afirmou a nota da Casa Branca.
Diante dos distúrbios e da crise política que vive o país, o presidente egípcio estendeu nesta quinta-feira uma mão às forças da oposição para realizar um diálogo nacional sobre os assuntos em disputa.
Os temas que se abordarão na reunião serão a lei eleitoral, o Conselho da Shura (câmera alta do Parlamento) e o referendo sobre a nova Constituição, previsto para 15 de dezembro e que é rejeitado pelas forças não islâmicas.
Os manifestantes exigem que Mursi reconsidere sua declaração constitucional que lhe concedeu poderes sobre a justiça e que adie o plebiscito.
Obama aplaudiu a iniciativa de Mursi para um diálogo com a oposição, mas ressaltou que esse diálogo "deve ser feito sem condições prévias".
Além disso, Obama assinalou que os Estados Unidos também pediram aos líderes da oposição para que participem deste diálogo sem condicionalidades.
O presidente americano reiterou o apoio dos Estados Unidos ao povo egípcio e a uma transição democrática que respeite os direitos de todos os cidadãos.
Obama insistiu que é "essencial" para os líderes egípcios de todo o espectro político que coloquem de lado suas diferenças e se unam para trazer o progresso para o Egito.