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Obama e Putin voltam a formar dupla estranha no G20

Líderes de EUA e Rússia nunca chegaram perto de estabelecer uma "química" pessoal, e não foi diferente no encontro desta quinta-feira

Barack Obama recebe cumprimentos do Presidente da Rússia, Vladimir Putin durante cerimônia oficial de boas-vindas do G-20 (Grigory Dukor/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2013 às 17h51.

São Petersburgo - Uma rápida pose para fotos em frente a um palácio czarista em São Petersburgo, com sorrisos engessados e um aperto de mão protocolar, deixou clara nesta quinta-feira a distância que separa os presidentes norte-americano, Barack Obama, e russo, Vladimir Putin , por causa da crise na Síria.

Os líderes de EUA e Rússia nunca chegaram perto de estabelecer uma "química" pessoal, e não foi diferente no encontro desta quinta-feira. Diante das câmeras, antes que a dupla entrasse, foi possível escutar Obama dizendo a Putin que o palácio e o clima estavam "bonitos".

Foi o único encontro público bilateral previsto para esta viagem, já que Obama cancelou uma reunião com Putin em Moscou, em protesto pela concessão de asilo ao ex-técnico de inteligência Edward Snowden, responsável por revelar programas de espionagem do governo norte-americano.

Mas a principal sombra pairando sobre a cúpula é a crise na Síria. Obama tenta atualmente arregimentar aliados para uma ação militar que puna o governo de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis, mas enfrenta a resistência da Rússia.

Os dois líderes devem conversar informalmente durante a reunião do G20, mas há pouca expectativa de que reduzam suas diferenças.

Obama chegou depois da maioria de seus colegas para um jantar de trabalho nesta quinta-feira, e, quando um repórter gritou uma pergunta sobre eventuais progressos a respeito da Síria, ele teria dito que os líderes até agora só discutiram questões econômicas.

Em uma entrevista coletiva na véspera, em Estocolmo, Obama disse que sua tentativa de relançar as relações com a Rússia, anunciada no começo do mandato, "meio que bateu em uma parede".

Analisar a linguagem corporal nos encontros de Obama e Putin se tornou um passatempo diplomático. Em junho, por exemplo, Putin fechou a cara durante uma conversa com Obama na cúpula do G8, e o norte-americano depois se referiu ao colega como "um menino entediado no fundo da classe".

A cúpula de São Petersburgo parece ir pelo mesmo caminho. Na parte da primeira sessão da cúpula que foi transmitida pelas câmeras, nesta quinta-feira, Obama e Putin foram vistos andando pelo salão e falando com vários colegas, mas não entre si.

Na sexta-feira, Obama deve se reunir com ativistas russos de direitos humanos para salientar a insatisfação de Washington com as restrições do governo local a ONGs e com a nova lei russa que pune a apologia à homossexualidade. Como de praxe, Putin deverá então atacar Obama por estar interferindo em assuntos do seu país.

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Os líderes de EUA e Rússia nunca chegaram perto de estabelecer uma "química" pessoal, e não foi diferente no encontro desta quinta-feira. Diante das câmeras, antes que a dupla entrasse, foi possível escutar Obama dizendo a Putin que o palácio e o clima estavam "bonitos".

Foi o único encontro público bilateral previsto para esta viagem, já que Obama cancelou uma reunião com Putin em Moscou, em protesto pela concessão de asilo ao ex-técnico de inteligência Edward Snowden, responsável por revelar programas de espionagem do governo norte-americano.

Mas a principal sombra pairando sobre a cúpula é a crise na Síria. Obama tenta atualmente arregimentar aliados para uma ação militar que puna o governo de Bashar al-Assad pelo suposto uso de armas químicas contra civis, mas enfrenta a resistência da Rússia.

Os dois líderes devem conversar informalmente durante a reunião do G20, mas há pouca expectativa de que reduzam suas diferenças.

Obama chegou depois da maioria de seus colegas para um jantar de trabalho nesta quinta-feira, e, quando um repórter gritou uma pergunta sobre eventuais progressos a respeito da Síria, ele teria dito que os líderes até agora só discutiram questões econômicas.

Em uma entrevista coletiva na véspera, em Estocolmo, Obama disse que sua tentativa de relançar as relações com a Rússia, anunciada no começo do mandato, "meio que bateu em uma parede".

Analisar a linguagem corporal nos encontros de Obama e Putin se tornou um passatempo diplomático. Em junho, por exemplo, Putin fechou a cara durante uma conversa com Obama na cúpula do G8, e o norte-americano depois se referiu ao colega como "um menino entediado no fundo da classe".

A cúpula de São Petersburgo parece ir pelo mesmo caminho. Na parte da primeira sessão da cúpula que foi transmitida pelas câmeras, nesta quinta-feira, Obama e Putin foram vistos andando pelo salão e falando com vários colegas, mas não entre si.

Na sexta-feira, Obama deve se reunir com ativistas russos de direitos humanos para salientar a insatisfação de Washington com as restrições do governo local a ONGs e com a nova lei russa que pune a apologia à homossexualidade. Como de praxe, Putin deverá então atacar Obama por estar interferindo em assuntos do seu país.

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