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Obama e futuro das armas nucleares

O presidente americano Barack Obama começa amanhã uma viagem de uma semana ao Vietnã e ao Japão. O ponto alto será a viagem à cidade japonesa de Hiroshima. Ao chegar lá, na semana que vem, Obama se tonará o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a pisar na cidade que, ao lado de Nagasaki, […]

HIROSHIMA: Obama se comprometeu a controlar as armas nucleares ainda no início de seu governo / Toshiyuki Aizawa/File Photo/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 05h44.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.

O presidente americano Barack Obama começa amanhã uma viagem de uma semana ao Vietnã e ao Japão. O ponto alto será a viagem à cidade japonesa de Hiroshima. Ao chegar lá, na semana que vem, Obama se tonará o primeiro presidente dos Estados Unidos em exercício a pisar na cidade que, ao lado de Nagasaki, foi palco de um dos maiores desastres humanitários da história. A visita pode se tornar símbolo de uma discussão mais ampla sobre o futuro dos armamentos nucleares no mundo.

Os acontecimentos de 1945 são tabu entre os governantes americanos, que não querem passar a impressão de estarem se desculpando. Por isso, a visita de Obama foi tema de debates acalorados no país. Atacar a questão do desarmamento nuclear é um desejo antigo de Obama. Em 2009, logo no início de seu primeiro mandato, o presidente americano fez uma fala marcante em Praga, defendendo um mundo sem armas nucleares e reiterando o “compromisso americano” de liderar o mundo nessa trajetória.

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Oito anos depois, algumas medidas da “Agenda de Praga” foram de fato concretizadas. Negociações com a Rússia, por exemplo, foram vitoriosas na tentativa de reduzir o arsenal nuclear das antigas potências da Guerra Fria. Ainda assim, deixar os armamentos atômicos de lado não é tarefa fácil em nenhum dos dois países, que são responsáveis por grande parte das 15.000 armas nucleares ainda existentes no mundo.

Em casa, Obama cumpriu a promessa de reduzir a participação das armas nucleares na defesa dos Estados Unidos. Ainda assim, os americanos desenvolveram novas bombas atômicas mais potentes e precisas. Testadas em janeiro deste ano, elas representam um investimento de 1 trilhão de dólares nas próximas três décadas. Novos personagens também podem agravar a situação, como a Coreia do Norte – que ora ou outra alega estar construindo um novo e mais poderoso tipo de armamento – ou até mesmo grupos terroristas, como o Estado Islâmico. A poucos meses do fim do mandato, é improvável alguma ação concreta de Obama no campo nuclear, mas Hiroshima pode passar uma mensagem definitiva.

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