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Obama desafiará o Congresso em termos de retomada econômica

Presidente americano deve apresentar aos membros de um Congresso relutante as medidas unilaterais para acelerar a recuperação econômica e reduzir desigualdades

O presidente americano, Barack Obama: Obama fará discurso anual sobre o Estado da União (Mandel Ngan/AFP)
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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 13h41.

Washington - O presidente Barack Obama deve apresentar nesta terça-feira aos membros de um Congresso relutante em apoiar as suas reformas medidas unilaterais para acelerar a recuperação econômica e reduzir as desigualdades, em seu discurso anual sobre o Estado da União.

Esperado para as 21h00 local (00h00 de quarta-feira no horário de Brasília) no Capitólio, em Washington, o presidente dos Estados Unidos deve retomar um de seus temas favoritos, o apoio à classe média e aqueles que querem chegar lá, de acordo com a sua equipe.

Em seu sexto ano de mandato e em um contexto de melhora gradual da economia, o presidente democrata continua a ter "objetivos ambiciosos", assegurou na segunda-feira seu porta-voz, Jay Carney.

Este último defendeu que Obama não deve se resignar a uma agenda atrofiada, depois de um 2013 marcado por muitas derrotas legislativas, seja sobre o controle das armas de fogo até a ajuda aos desempregados passando pela reforma da imigração.

O lançamento fracassado de um dispositivo essencial da reforma do seguro de saúde, o Medicare, também deixou marcas nas pesquisas de opinião. Obama conta atualmente com uma aprovação um pouco acima de 40%.

Mas Obama continua "otimista" e até mesmo "entusiasmado", segundo Carney, enquanto a Casa Branca apresentou o ano de 2014 como um "ano de ação".

"Vamos usar todos os meios à sua disposição para avançar, colaborar com o Congresso para aprovar leis quando o Congresso quiser trabalhar com ele", disse o porta-voz.

Desde o início de 2011, Obama deve lidar com uma Câmara de Representantes de maioria republicana, o que impediu, por exemplo, operar um novo equilíbrio de tributação em favor dos mais necessitados.

As divergências sobre as receitas e despesas culminaram em outubro, após mais de duas semanas de bloqueio.

Desde então, os eleitos conseguiram chegar a um compromisso sobre as orientações orçamentais a médio prazo, mas outras crises continuam a ameaçar, como o aumento necessário do limite legal da dívida federal.


A situação é complicada pelo fato de que muitos políticos estão preocupados com o seu futuro pessoal: toda a Câmara e um terço do Senado serão renovados em novembro durante as legislativas de meio-mandato.

Tal como está, os democratas parecem ter pouca chance de recuperar a maioria.

Em 2012, visando os republicanos durante sua campanha presidencial, Obama já havia semeado o lema "não podemos esperar" que o Congresso atue.

"Reconhecendo que o Congresso, por vezes, se recusa a cooperar, (o presidente) irá exercer a sua autoridade. Vai usar sua caneta e seu telefone para fazer avançar um programa dedicado a melhorar as oportunidades de sucesso" para os americanos, de acordo com Carney.

Em dezembro, Obama tinha desejado "investimentos em educação, leis sobre os direitos sindicais e (uma apreciação do) salário mínimo".

Mas este exercício tem seus limites, pois a Constituição dos Estados Unidos define um bom equilíbrio de poderes. Apenas a Câmara tem a autoridade para iniciar novas despesas, por exemplo.

"A verdade é que, se ele não quiser que passem por cima de sua autoridade, o que certamente seria mal recebido pelos americanos e o Congresso, há poucas coisas que o presidente pode fazer sozinho", observou Brendan Buck, porta-voz do presidente republicano da Câmara, John Boehner, exortando Obama a trabalhar com os conservadores em apoio à exportação, a imigração e a infra-estrutura.

O discurso sobre o estado da União nos termos do artigo 2, seção 3 da Constituição afirma que "o presidente deverá informar o Congresso, periodicamente, o estado da União", e pronunciar aos 435 membros da Câmara, os 100 senadores, ministros, juízes do Supremo Tribunal e os chefes do exército, entre outros órgãos constitucionais.

Americanos emblemáticos ou merecedores terão a honra de sentar-se ao lado da "primeira-dama" dos Estados Unidos durante o discurso.

Michelle Obama convidou este ano entre outras pessoas dois sobreviventes do atentado de Boston e o primeiro jogador de basquete da NBA abertamente gay, Jason Collins. A novo chefe da General Motors, Mary Barra, também foi convidado.

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Esperado para as 21h00 local (00h00 de quarta-feira no horário de Brasília) no Capitólio, em Washington, o presidente dos Estados Unidos deve retomar um de seus temas favoritos, o apoio à classe média e aqueles que querem chegar lá, de acordo com a sua equipe.

Em seu sexto ano de mandato e em um contexto de melhora gradual da economia, o presidente democrata continua a ter "objetivos ambiciosos", assegurou na segunda-feira seu porta-voz, Jay Carney.

Este último defendeu que Obama não deve se resignar a uma agenda atrofiada, depois de um 2013 marcado por muitas derrotas legislativas, seja sobre o controle das armas de fogo até a ajuda aos desempregados passando pela reforma da imigração.

O lançamento fracassado de um dispositivo essencial da reforma do seguro de saúde, o Medicare, também deixou marcas nas pesquisas de opinião. Obama conta atualmente com uma aprovação um pouco acima de 40%.

Mas Obama continua "otimista" e até mesmo "entusiasmado", segundo Carney, enquanto a Casa Branca apresentou o ano de 2014 como um "ano de ação".

"Vamos usar todos os meios à sua disposição para avançar, colaborar com o Congresso para aprovar leis quando o Congresso quiser trabalhar com ele", disse o porta-voz.

Desde o início de 2011, Obama deve lidar com uma Câmara de Representantes de maioria republicana, o que impediu, por exemplo, operar um novo equilíbrio de tributação em favor dos mais necessitados.

As divergências sobre as receitas e despesas culminaram em outubro, após mais de duas semanas de bloqueio.

Desde então, os eleitos conseguiram chegar a um compromisso sobre as orientações orçamentais a médio prazo, mas outras crises continuam a ameaçar, como o aumento necessário do limite legal da dívida federal.


A situação é complicada pelo fato de que muitos políticos estão preocupados com o seu futuro pessoal: toda a Câmara e um terço do Senado serão renovados em novembro durante as legislativas de meio-mandato.

Tal como está, os democratas parecem ter pouca chance de recuperar a maioria.

Em 2012, visando os republicanos durante sua campanha presidencial, Obama já havia semeado o lema "não podemos esperar" que o Congresso atue.

"Reconhecendo que o Congresso, por vezes, se recusa a cooperar, (o presidente) irá exercer a sua autoridade. Vai usar sua caneta e seu telefone para fazer avançar um programa dedicado a melhorar as oportunidades de sucesso" para os americanos, de acordo com Carney.

Em dezembro, Obama tinha desejado "investimentos em educação, leis sobre os direitos sindicais e (uma apreciação do) salário mínimo".

Mas este exercício tem seus limites, pois a Constituição dos Estados Unidos define um bom equilíbrio de poderes. Apenas a Câmara tem a autoridade para iniciar novas despesas, por exemplo.

"A verdade é que, se ele não quiser que passem por cima de sua autoridade, o que certamente seria mal recebido pelos americanos e o Congresso, há poucas coisas que o presidente pode fazer sozinho", observou Brendan Buck, porta-voz do presidente republicano da Câmara, John Boehner, exortando Obama a trabalhar com os conservadores em apoio à exportação, a imigração e a infra-estrutura.

O discurso sobre o estado da União nos termos do artigo 2, seção 3 da Constituição afirma que "o presidente deverá informar o Congresso, periodicamente, o estado da União", e pronunciar aos 435 membros da Câmara, os 100 senadores, ministros, juízes do Supremo Tribunal e os chefes do exército, entre outros órgãos constitucionais.

Americanos emblemáticos ou merecedores terão a honra de sentar-se ao lado da "primeira-dama" dos Estados Unidos durante o discurso.

Michelle Obama convidou este ano entre outras pessoas dois sobreviventes do atentado de Boston e o primeiro jogador de basquete da NBA abertamente gay, Jason Collins. A novo chefe da General Motors, Mary Barra, também foi convidado.

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