Presidente dos EUA, Barack Obama: "os Estados Unidos estão impondo hoje, como já dissemos que faríamos, um custo adicional à Rússia" (Yuri Gripas/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2014 às 13h55.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou hoje novas sanções contra autoridades e aliados do presidente russo, Vladimir Putin, assim como a um banco deste país, como resposta à anexação da Crimeia à Rússia e às contínuas ameaças à unidade da Ucrânia.
Em discurso na Casa Branca, o líder disse que as novas sanções respondem à "ilegítima anexação da Crimeia" e às "ameaças ao leste da Ucrânia", que conta com uma grande população de origem russa.
"Os Estados Unidos estão impondo hoje, como já dissemos que faríamos, um custo adicional à Rússia", afirmou Obama em um breve discurso.
Hoje, a câmara baixa do parlamento russo ratificou o acordo por meio do qual a Crimeia e a cidade de Sebastopol se incorporam à Federação Russa.
O presidente dos EUA já tinha anunciado mediante ordem executiva na segunda-feira sanções contra sete funcionários russos, e advertiu então que continuaria ampliando o alcance das medidas se a Rússia não enviasse suas tropas na Crimeia para os quartéis e começasse um diálogo com o novo governo ucraniano.
"O governo russo tomou esta decisão, decisões que foram rechaçadas pela comunidade internacional", acrescentou o líder.
A nova lista de congelamento de ativos sob jurisdição americana afeta 20 funcionários russos e pessoas próximas a Putin, assim como o banco Rossiya, que segundo funcionários da Casa Branca tem vínculos com altos funcionários russos.
Além disso, Obama advertiu que foram dados passos para ampliar por decreto as sanções contra "setores-chave da economia russa" se Moscou não interromper sua escalada na Ucrânia, onde o equilíbrio de poderes se rompeu com a saída do presidente Viktor Yanukovich após uma série de protestos.
"Não é o caminho que teríamos escolhido, estas sanções não só vão ter um grande impacto na economia russa, mas em toda a economia global", disse Obama.