Obama quer propostas bipartidárias para impulsionar a economia americana (Jim Watson/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2011 às 08h33.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, concordou em mudar a data de seu discurso no Congresso - antes previsto para o dia 7 de setembro - para o dia 8, disse a Casa Branca em comunicado divulgado nesta quarta-feira.
A decisão pôs fim a uma nova briga pública com o republicano John Boehner, presidente da Câmara.
"O presidente está focado na necessidade urgente de criar empregos e fazer crescer a nossa economia e por isso ele está satisfeito com a oportunidade de dirigir uma sessão conjunta do Congresso na quinta-feira, 8 de setembro" disse a Casa Branca.
Em uma carta a Obama, Boehner concordou que "criar um melhor entorno para a criação de emprego deve ser nossa prioridade urgente", mas citou razões de segurança e logísticas para persuadir o presidente de mudar a data.
"Minha recomendação é que sua apresentação seja feita na tarde seguinte, quando podemos assegurar que não haverá impedimentos parlamentares ou logísticos que possam distrair no momento de suas declarações", escreveu o líder da câmara baixa.
Em uma carta a líderes parlamentares, Obama disse ter a intenção de apresentar uma série de propostas bipartidárias que o Congresso poderá avaliar imediatamente para impulsionar a economia dos Estados Unidos.
O novo plano, no entanto, dependerá dos republicanos, pouco dispostos a apoiá-lo 14 meses antes das eleições presidenciais de 2012, e seu discurso da próxima quinta-feira poderá ser o início de um outono de confronto com seus oponentes sobre a questão fiscal e da recuperação econômica.
"Washington deve colocar de lado a política e começar a tomar decisões baseadas no que é melhor para nosso país e não o que é melhor para cada um de nossos partidos, para estimular a economia e criar postos de trabalho", afirmou Obama.
A decisão de Obama de apresentar essa iniciativa - possivelmente sua última oportunidade para reavivar a letárgica economia antes do ano eleitoral - em um lugar tão simbólico e na hora de maior audiência, reflete a necessidade de fortalecer seu capital político cambaleante.