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Obama adverte Trump que presidência exige seriedade

A presidência dos EUA, segundo explicou Obama, tem "exigências extraordinárias" dos cidadãos do país, mas também do resto das pessoas do mundo

Trump e Obama: "Sou prudentemente otimista a respeito do meu sucessor e da transição do 'modo campanha' ao 'modo presidencial'" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump e Obama: "Sou prudentemente otimista a respeito do meu sucessor e da transição do 'modo campanha' ao 'modo presidencial'" (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 17h48.

Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que advertiu seu sucessor, Donald Trump, que a seriedade e a concentração são fundamentais para o cargo e que o que deu certo na campanha não funcionará quando estiver à frente do país.

"Se não for sério no trabalho, não ficará ali por muito tempo", assegurou Obama na entrevista coletiva que deu em Berlim junto com a chanceler alemã, Angela Merkel, em sua última viagem europeia no cargo.

"Mesmo quando fizer as coisas do jeito certo, há tantas coisas que chegam à mesa, que as pessoas vão te questionar", acrescentou.

A presidência dos EUA, segundo explicou Obama, tem "exigências extraordinárias" dos cidadãos do país, mas também do resto das pessoas do mundo, o que "te força a concentrar-se" e "exige seriedade".

Segundo o presidente americano, Trump realizou uma campanha eleitoral "não convencional", mas a estratégia que desenvolveu durante esses meses não funcionará para recuperar a "unidade" do país e a confiança da população.

O republicano está agora "entendendo" esta mudança, algo que, de acordo com Obama, tem que ir se refletindo na formação de sua futura Administração.

"Sou prudentemente otimista a respeito do meu sucessor e da transição do 'modo campanha' ao 'modo presidencial'", acrescentou Obama, que se mostrou convencido de que o presidente eleito descobrirá rapidamente "as exigências e responsabilidades" do cargo, que "não podem ser encaradas superficialmente".

Nesse sentido, Obama se comprometeu a fazer "todo o possível nos dois próximos meses" para ajudar seu sucessor.

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