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O time Trump; Os parabéns de Putin…

Time Trump Após assegurar a vitória nas eleições presidenciais americanas, o republicano Donald Trump já começou a trabalhar na escolha de sua equipe de governo. Segundo aliados, o futuro presidente planeja anunciar as nomeações aos poucos. Como Trump tem desavença com muitos membros do Partido Republicano, a expectativa é que o alto escalão seja formado […]

 (Sergei Karpukhin/Reuters)

(Sergei Karpukhin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 17h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h35.

Time Trump

Após assegurar a vitória nas eleições presidenciais americanas, o republicano Donald Trump já começou a trabalhar na escolha de sua equipe de governo. Segundo aliados, o futuro presidente planeja anunciar as nomeações aos poucos. Como Trump tem desavença com muitos membros do Partido Republicano, a expectativa é que o alto escalão seja formado por executivos do mercado e os poucos aliados políticos fiéis a ele — como o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani e o governador de Nova Jersey, Chris Christie.

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Os parabéns de Putin

Donald Trump passou o dia recebendo ligações de aliados e parabéns de líderes mundiais. Assunto da campanha presidencial em muitos momentos, o presidente russo Vladimir Putin enviou um telegrama parabenizando Trump e dizendo que “a Rússia está pronta e quer restaurar as relações de pleno direito com os Estados Unidos”. Outro frequente inimigo dos Estados Unidos a se pronunciar foi o presidente filipino, Rodrigo Duterte, que enviou “calorosas felicitações” e afirmou que “não quer discutir mais, porque Trump está lá” — Duterte passou os últimos meses criticando os Estados Unidos e chegou a chamar o presidente Barack Obama de “filho da p%$@”.

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Preocupação de Hollande 

Líderes como o presidente chinês, Xi Jinping, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, a premiê britânica, Theresa May, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também parabenizaram o republicano pela vitória. Embora a maioria das mensagens para Trump tentassem manter o clima ameno, o presidente francês François Hollande deixou a diplomacia de lado e afirmou que “o triunfo de Trump abre um período de incerteza”. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, lembrou que os EUA devem cumprir seu papel no acordo nuclear firmado entre os dois países.

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A situação do México 

Em sua conta no Twitter, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, felicitou Trump pela vitória e lembrou que México e Estados Unidos são “parceiros” e “amigos”. “Reitero minha vontade de trabalharmos juntos em favor das relações bilaterais”, escreveu. Peña Nieto irritou os mexicanos ao convidar o republicano para visitar o país, em agosto. Durante a campanha, Trump prometeu construir um muro na fronteira com o México e fazer os mexicanos pagarem pela obra. Falando num seminário em Dubai, o ex-presidente mexicano Vicente Fox se disse “chocado” com a vitória de Trump e afirmou que o México “não vai pagar por aquela p$%@ de muro”.

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Mujica: “Socorro” 

Ao se pronunciar sobre as eleições americanas, o ex-presidente e atual senador do Uruguai José Mujica disse que “as más notícias sempre surpreendem”. “Somente vou dizer uma palavra, uma, e com isso resumo tudo: socorro!”, afirmou em entrevista a uma rádio uruguaia.

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Vai pra Cuba (ou para o Canadá)

Após a divulgação da vitória de Trump, o site de imigração do Canadá ficou fora do ar durante vários momentos, diante de uma série de brincadeiras nas redes sociais afirmando que os estadunidenses descontentes com o resultado se mudariam para o país vizinho. O buscador Google também registrou aumento de até 500% nas buscas para termos “mudança para o Canadá” ou “como obter cidadania canadense”.

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Simpsons videntes

O desenho animado Os Simpsons virou notícia nesta quarta-feira devido a um episódio de 2000 em que Trump é retratado como presidente dos Estados Unidos. No episódio, que se passa em 2030, a personagem Lisa se torna presidente e sucede Trump, herdando um país em crise e cheio de dívidas. O magnata já apareceu na série antes: em 2015, o personagem Homer recebe dinheiro para apoiar a candidatura de Trump e, neste ano, outro episódio mostra o bilionário tendo como leitura de cabeceira discursos do ditador alemão Adolf Hitler.

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COP22: Trump é ameaça?

A quarta-feira marcou o terceiro dia da 22ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP22, e a chefe da ONU para assuntos climáticos, Patricia Espinosa, parabenizou Trump pela vitória. “Esperamos cooperar com seu governo para fazer a agenda da ação climática avançar, em benefício dos povos do mundo”, disse. O momento é de ansiedade entre diplomatas e ambientalistas, uma vez que o magnata afirmou, no passado, que as mudanças climáticas são uma “farsa” e que, se eleito, cancelaria o Acordo de Paris e as metas americanas de reduzir as emissões de poluentes.

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Trump e a Olimpíada

A vitória de Trump pode prejudicar a candidatura de Los Angeles a cidade-sede da Olimpíada de 2024. A imprensa americana vem repercutindo uma declaração do prefeito da cidade, Eric Garcetti, que havia dito em agosto que o magnata era uma das principais preocupações do Comitê Olímpico Internacional. “Espere um segundo, nós podemos ir para um país como esse, onde ouvimos coisas ofensivas como essas?”, disse na época. Para o prefeito, Los Angeles é “a última chance” de os Estados Unidos sediar os Jogos antes que o país desista de investir no evento.

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Maconha recreativa

Paralelamente às eleições, eleitores dos estados de Califórnia, Massachusetts e Nevada aprovaram o uso de maconha para fins recreativos, em um dos 135 plebiscitos que ocorreram nos Estados Unidos. Atualmente, o uso já é permitido em outros quatro estados, e o instituto de pesquisa Gallup aponta que 60% da população é favorável. O deputado democrata Earl Blumenauer, de Oregon (um dos estados onde a maconha já é regularizada), disse que a “guerra às drogas” é “tóxica” e “improdutiva” e que o resultado dos plebiscitos pode aumentar a pressão para que o governo federal legalize a erva e permita que cada estado regule livremente o tema.

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Warner cai

As ações do conglomerado de mídia Time Warner caíram mais de 2% nesta quarta-feira, ante os receios de que a eleição de Donald Trump barre a aquisição da companhia pela empresa de telecomunicações AT&T — no passado, o republicano disse que não aprovaria o acordo porque concentraria “muito poder nas mãos de poucos”. Em outubro, as duas partes acordaram uma fusão de 85,4 bilhões de dólares, mas a compra ainda precisa ser aprovada por agências reguladoras. O chefe financeiro da AT&T, John Stephens, disse que a companhia está “otimista” acerca da aprovação.

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