Mundo

"O que esperamos dos aliados é lealdade", diz Barroso

Presidente da Comissão Europeia disse que UE espera lealdade de aliados como os Estados Unidos


	O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso: caso a suposta ação de espionagem dos EUA seja comprovada, "estaremos diante de uma situação muito preocupante", afirmou
 (Frederick Florin/AFP)

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso: caso a suposta ação de espionagem dos EUA seja comprovada, "estaremos diante de uma situação muito preocupante", afirmou (Frederick Florin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2013 às 08h28.

Estrasburgo - O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse nesta terça-feira que na União Europeia o que se espera dos aliados, como os Estados Unidos, é "lealdade", em alusão à suposta ação de espionagem dos Estados Unidos em instituições da Comunidade Europeia.

"Sempre fomos leais com nossos aliados e o que esperamos deles é também essa lealdade", disse Barroso em um debate na Eurocâmara depois que o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, se mostrou igualmente "preocupado" com o assunto.

"Se estas notícias forem verdadeiras estaremos diante de uma situação muito preocupante, por isso que assim que tomamos conhecimento dessas informações pedimos explicações aos EUA", afirmou Barroso.

O presidente da Comissão Europeia reiterou aos eurodeputados, que debaterão a suposta espionagem nesta quarta-feira e devem também aprovar uma resolução, que o Serviço Europeu de Ação Exterior está em contato com as autoridades dos EUA.

Van Rompuy quis reiterar sua mensagem de ontem à noite em que assinalava que a UE "tomou nota" do compromisso do presidente dos EUA, Barack Obama, de revisar as alegações de espionagem às representações comunitárias e às embaixadas de países aliados e de proporcionar a essas nações "toda a informação" que for solicitada.


O presidente do Conselho Europeu está "muito preocupado" com as informações sobre a suposta espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA nos escritórios da UE no exterior e em Bruxelas, afirmou o porta-voz, Dirk De Backer.

"A UE está examinando as alegações e está em contato com as autoridades americanas", e exigiu "claros e urgentes esclarecimentos", afirmou.

Todos os embaixadores americanos destacados nos países da UE foram "convidados" a dar explicações em seus respectivos destinos, disse hoje o ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Didier Reynders.

O governo dos EUA defendeu na última segunda-feira seus polêmicos programas de espionagem, que ultrapassaram fronteiras e afetaram UE, ONU e países como Japão e México, diante da indignação e do pedido de informação de seus parceiros europeus.

Longe de oferecer desculpas, tanto Obama como seu secretário de Estado, John Kerry, deram a entender que a espionagem das comunicações não é algo incomum e que muitos outros países também fazem o mesmo.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosUnião Europeia

Mais de Mundo

Há comida nos mercados, mas ninguém tem dinheiro para comprar, diz candidata barrada na Venezuela

Companhias aéreas retomam gradualmente os serviços após apagão cibernético

Radiografia de cachorro está entre indícios de esquema de fraude em pensões na Argentina

Trump conversa com Zelensky e promete "negociação" e "fim da guerra" na Ucrânia

Mais na Exame