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O midiático adeus do papa emérito Bento XVI

28 de fevereiro de 2013 foi o último dia do pontificado do papa, e milhões puderam vê-lo em direção ao Castel Gandolfo graças a uma colossal cobertura midiática


	Papa Bento XVI acena ao público durante missa semanal de quarta-feira na praça de São Pedro, no Vaticano: sua intenção era ficar "escondido do mundo"
 (REUTERS/Giampiero Sposito)

Papa Bento XVI acena ao público durante missa semanal de quarta-feira na praça de São Pedro, no Vaticano: sua intenção era ficar "escondido do mundo" (REUTERS/Giampiero Sposito)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 14h31.

Cidade do Vaticano - O dia 28 de fevereiro de 2013 foi o último do pontificado de Bento XVI, e milhões de pessoas de todo o mundo puderam vê-lo sobrevoando o céu de Roma rumo ao Castel Gandolfo, graças a uma colossal cobertura midiática.

Um acontecimento histórico que foi acompanhado amplamente pela mídia no qual a Santa Sé empregou seus principais órgãos de difusão, como o jornal "L'Osservatore Romano", a "Rádio Vaticano" e o "Centro Televisivo do Vaticano" (CTV), que possuía 26 câmaras para captar todos os detalhes.

O último dia de Ratzinger no Trono de Pedro não foi mostrado somente pela imprensa convencional.

O pontífice, então com 85 anos, utilizou seu perfil no Twitter para se despedir dos fiéis, em mensagem publicada na madrugada daquela quinta-feira.

"Obrigado por vosso amor e proximidade. Que experimentem sempre a alegria de ter Cristo como o centro de vossas vidas", twittou do perfil @pontifex, inaugurado durante seu pontificado, em um grande passo inovador para a Santa Sé.

Depois de nove horas, às 17h (horário local) (13h em Brasília), o mundo viu o papa teólogo com sua tradicional batina branca, símbolo de pureza, a bordo de um helicóptero do Estado italiano.

Após uma emotiva despedida, a aeronave saiu do heliporto para levá-lo à residência estival dos papas, na cidade de Castel Gandolfo, a 30 quilômetros ao sul de Roma, um trajeto privado, que não foi seguido pelas câmaras.

O voo de Ratzinger sobre a Cidade Eterna se transformou na imagem de uma decisão vital para a vida da Igreja Católica, e passou a estampar a capa dos principais jornais. Após a viagem, em uma pequena cidade a margens do Lago Albano, cinco mil pessoas receberam com aplausos a chegada de Ratzinger.


Ao chegar, ele cumprimentou os fiéis e fez um discurso. Uma mensagem que fez com que a praça se iluminasse com luzes de milhares de celulares que queriam gravar o que se transformaria na última mensagem pública do pontífice.

Desde então, Bento XVI passou a ficar no Castel Gandolfo, até 2 de maio, tempo de acabar a obra no convento Mater Ecclesiae dentro do Vaticano, sua residência definitiva.

Sua intenção era ficar "escondido do mundo", como afirmou durante sua renúncia, mas o certo foi que desde que se fez efetiva sua renúncia, às 20h (horário local) (16h em Brasília) daquele 28 de fevereiro, a Santa Sé continuou informando sobre a rotina do papa emérito.

Deste modo, a imprensa veio fazendo eco das entrevistas com seu sucessor, o argentino Francisco, e de seu dia a dia, no qual lê, reza, estuda e toca o piano após jantar.

Sua mais recente menção aconteceu ontem, quando o jornal italiano "La Stampa" publicou uma carta sua remetida a um dos vaticanistas do jornal na qual chama de "absurdas" as especulações sobre sua renúncia.

No entanto, apesar destas aparições midiáticas, mantém firme sua intenção expressa no dia de sua renúncia, quando prometeu "respeito incondicional e obediência" ao novo papa.

Uma intenção recordada no sábado passado durante o primeiro consistório de ordenação de cardeais de Francisco, quando Bento XVI, sentado sobre uma discreta cadeira em um segundo plano da cerimônia, tirou o solidéu branco em sinal de respeito para abraçar ao novo sucessor do Apóstolo São Pedro.

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