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Novos bombardeios e combates matam 45 pessoas no noroeste da Síria

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, a nova onda de violência na região deixou 400 civis mortos desde o fim de abril

Sírios visitam túmulo de parentes mortos: escalada de violência no país (Aboud Hamam/Reuters)
A

AFP

Publicado em 15 de junho de 2019 às 10h33.

Pelo menos 45 pessoas, incluindo 10 civis, morreram neste sábado (15) em ataques aéreos e combates entre o Exército sírio e seus aliados contra grupos rebeldes e jihadistas no noroeste da Síria , informou uma ONG.

"Os ataques aéreos conduzidos pelas aviações síria e russa, bem como os combates no norte da província de Hama, mataram pelo menos 26 combatentes do regime e de seus aliados e nove combatentes de grupos rebeldes e jihadistas desde o amanhecer", disse à AFP o diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.

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Além disso, dez civis, incluindo três crianças, foram mortos em ataques da aviação síria em várias aldeias e localidades do sul de Idlib, incluindo Maaret al-Noomane e Al-Bara, de acordo com o OSDH.

Dos 26 combatentes pró-regime, dezoito foram mortos nos combates e outros oito na explosão da minas subterrâneas, informou o Observatório.

Nove jihadistas e rebeldes também morreram nos combates e ataques aéreos. Entre eles estão combatentes do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), dominado pela antiga facção síria da Al-Qaeda e que controla grande parte da região de Idlib, de acordo com o OSDH.

Os combates no terreno concentraram-se em uma área do norte de Hama que os insurgentes haviam recuperado do regime há mais de uma semana.

"Desde esta manhã, o regime fracassou em cinco tentativas de retomar o controle de Jibine e Tal Maleh, no noroeste da província de Hama", explicou Abdel Rahman.

Em 6 de junho, jihadistas e rebeldes islâmicos lançaram um contra-ataque, assumindo o controle de ambas as localidades. Os combates mataram mais de 100 pessoas de ambos os lados em 24 horas.

Nas últimas semanas, a província de Idlib tem sido alvo de bombardeios quase diários do regime sírio e de seu aliado russo.

Esta região, que ainda escapa ao controle de Damasco, foi, no entanto, objeto de um acordo sobre a criação de uma "zona desmilitarizada" em setembro passado entre Moscou e Ancara, evitando uma grande ofensiva.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores turco disse que a Rússia não tinha "desculpas" para não pressionar o regime sírio a interromper seus ataques no noroeste da Síria.

A nova onda de violência em uma região onde vivem cerca de três milhões de pessoas, deixou 400 civis mortos desde o final de abril, segundo o OSDH.

Cerca de 660 combatentes rebeldes e jihadistas também morreram em confrontos e bombardeios durante o mesmo período, contra 545 soldados do Exército sírio e seus aliados, segundo a mesma fonte.

Iniciada em 2011, a guerra na Síria já matou mais de 370.000 pessoas e desalojou vários milhões.

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