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Novo papa fecha etapa incomum na história do Vaticano

O Vaticano viveu momentos de emoção pela despedida e de reuniões constantes para encontrar o homem ideal para ocupar o trono de Pedro.

A eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo papa, que escolheu o nome de Francisco I, fecha um período incomum na história da Igreja (REUTERS/Dylan Martinez)
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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2013 às 19h58.

Cidade do Vaticano - A eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio como novo papa, que escolheu o nome de Francisco I, fecha um período incomum na história da Igreja, após a renúncia de Bento XVI.

Desde o último dia 28 de fevereiro, data em que Bento XVI anunciou sua renúncia, até hoje, o Vaticano viveu momentos de emoção pela despedida e de reuniões constantes para encontrar o homem ideal para ocupar o trono de Pedro.

- 11 de fevereiro. - Bento XVI comunica em latim sua renúncia a partir de 28 de fevereiro às 20h de Roma (16h de Brasília) e que fazia isso por sua 'idade avançada' e por sentir que lhe faltava vigor para seguir no cargo.

- 13 de fevereiro.- Em sua primeira aparição pública após comunicar sua renúncia, Bento XVI assegura que tinha renunciado 'em plena liberdade pelo bem da Igreja'.

- 24 de fevereiro.- O papa realiza a última oração do Ângelus como pontífice da janela de seu apartamento, perante mais de 200 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

- 25 de fevereiro.- Bento XVI dá liberdade, mediante 'motu proprio' (documento papal), à Congregação de Cardeais para antecipar o conclave.

- O papa aceita a renúncia do cardeal Keith O'Brien como arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, após este ser acusado por outros sacerdotes de assédio nos anos 1980.

- Bento XVI recebe no Vaticano os três cardeais que investigam o escândalo 'Vatileaks': o espanhol Julian Herranz, o italiano Salvatore De Giorgi e o eslovaco Jozef Tomko.


- 26 de fevereiro.- É anunciado que Bento XVI seguirá chamando-se Sua Santidade Bento XVI, terá o título de 'papa emérito', deixará de usar o anel do Pescador, vestirá batina branca, sem manto, e calçará sapatos marrons.

- 27 de fevereiro.- Última audiência de Bento XVI na Praça de São Pedro, quando reconhece que teve momentos difíceis durante seu pontificado e que sua renúncia não significava voltar à vida privada.

- Bento XVI envia seu último tweet: 'Queria que cada um de vocês experimentasse a alegria de ser cristão, de sentir-se amado por Deus, que nos enviou seu Filho'.

- 28 de fevereiro.- Bento XVI despede-se dos cardeais e promete respeito incondicional e obediência ao novo papa.

- O papa despede-se de seu pessoal de serviço e em helicóptero se transfere a Castel Gandolfo, onde residirá até que seu lar definitivo esteja pronto para recebê-lo.

- Ao chegar a Castel Gandolfo, Bento XVI afirma: 'Já não sou o pontífice, mas um peregrino mais' no discurso que dirigiu aos fiéis reunidos na praça.

- Às 20h (16h de Brasília) Bento XVI deixa de ser papa. A Igreja entra em período de 'Sé Vacante' e a Guarda Suíça, encarregada da segurança do papa, se retira de Castel Gandolfo.

- 4 de março.- Começam as congregações de cardeais para preparar o conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI. O porta-voz vaticano, Federico Lombardi, afirma que os cardeais 'não têm pressa' para fixar a data de início do conclave.


- 7 de março.- Quatro dias após começar as reuniões preparatórias do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, os cardeais seguem sem fixar a data. O grande escudo do papa emérito é retirado dos Jardins Vaticanos.

- 8 de março.- É anunciado que o segundo conclave do terceiro milênio começará no dia 12 de março, segundo decisão do Colégio Cardinalício após cinco dias de reuniões e oito congregações gerais.

- 9 de março.- A chaminé pela qual sairá a fumaça branca que anunciará ao mundo que a Igreja Católica tem um novo papa é colocada na Capela Sistina, lugar onde se desenvolverá o conclave do qual sairá o sucessor de Bento XVI.

- 12 de março.- Os 115 cardeais que elegem o novo papa se transferem à residência de Santa Marta, dentro do Vaticano, onde se alojam durante os dias do conclave.

- É celebrada na basílica de São Pedro do Vaticano a missa que oficializa o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano. O cardeal Sodano pede na missa prévia ao conclave a unidade na Igreja.

- Os 115 cardeais que elegem o sucessor de Bento XVI são fechados na Capela Sistina, depois que o mestre de cerimônias pronuncia a frase 'Extra Omnes' ('Todos fora'), dando início ao conclave.

- Primeira fumaça negra que anuncia que não há papa.

- 13 de março, 11h39 (07h39 de Brasília).- Segunda fumaça negra após duas votações sem consenso na reunião matinal do conclave.

- 19h08 (15h08 de Brasília).- Fumaça branca anuncia a eleição do novo pontífice na reunião da tarde.

- O cardeal protodiácono Jean-Louis Tauran anuncia a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires e jesuíta de 76 anos, como o novo papa, que escolhe o nome de Francisco I.

- O novo papa Francisco I se apresenta às dezenas de milhares de fiéis que lotam a Praça de São Pedro do Vaticano.

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Desde o último dia 28 de fevereiro, data em que Bento XVI anunciou sua renúncia, até hoje, o Vaticano viveu momentos de emoção pela despedida e de reuniões constantes para encontrar o homem ideal para ocupar o trono de Pedro.

- 11 de fevereiro. - Bento XVI comunica em latim sua renúncia a partir de 28 de fevereiro às 20h de Roma (16h de Brasília) e que fazia isso por sua 'idade avançada' e por sentir que lhe faltava vigor para seguir no cargo.

- 13 de fevereiro.- Em sua primeira aparição pública após comunicar sua renúncia, Bento XVI assegura que tinha renunciado 'em plena liberdade pelo bem da Igreja'.

- 24 de fevereiro.- O papa realiza a última oração do Ângelus como pontífice da janela de seu apartamento, perante mais de 200 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

- 25 de fevereiro.- Bento XVI dá liberdade, mediante 'motu proprio' (documento papal), à Congregação de Cardeais para antecipar o conclave.

- O papa aceita a renúncia do cardeal Keith O'Brien como arcebispo de St. Andrews e Edimburgo, após este ser acusado por outros sacerdotes de assédio nos anos 1980.

- Bento XVI recebe no Vaticano os três cardeais que investigam o escândalo 'Vatileaks': o espanhol Julian Herranz, o italiano Salvatore De Giorgi e o eslovaco Jozef Tomko.


- 26 de fevereiro.- É anunciado que Bento XVI seguirá chamando-se Sua Santidade Bento XVI, terá o título de 'papa emérito', deixará de usar o anel do Pescador, vestirá batina branca, sem manto, e calçará sapatos marrons.

- 27 de fevereiro.- Última audiência de Bento XVI na Praça de São Pedro, quando reconhece que teve momentos difíceis durante seu pontificado e que sua renúncia não significava voltar à vida privada.

- Bento XVI envia seu último tweet: 'Queria que cada um de vocês experimentasse a alegria de ser cristão, de sentir-se amado por Deus, que nos enviou seu Filho'.

- 28 de fevereiro.- Bento XVI despede-se dos cardeais e promete respeito incondicional e obediência ao novo papa.

- O papa despede-se de seu pessoal de serviço e em helicóptero se transfere a Castel Gandolfo, onde residirá até que seu lar definitivo esteja pronto para recebê-lo.

- Ao chegar a Castel Gandolfo, Bento XVI afirma: 'Já não sou o pontífice, mas um peregrino mais' no discurso que dirigiu aos fiéis reunidos na praça.

- Às 20h (16h de Brasília) Bento XVI deixa de ser papa. A Igreja entra em período de 'Sé Vacante' e a Guarda Suíça, encarregada da segurança do papa, se retira de Castel Gandolfo.

- 4 de março.- Começam as congregações de cardeais para preparar o conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI. O porta-voz vaticano, Federico Lombardi, afirma que os cardeais 'não têm pressa' para fixar a data de início do conclave.


- 7 de março.- Quatro dias após começar as reuniões preparatórias do conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI, os cardeais seguem sem fixar a data. O grande escudo do papa emérito é retirado dos Jardins Vaticanos.

- 8 de março.- É anunciado que o segundo conclave do terceiro milênio começará no dia 12 de março, segundo decisão do Colégio Cardinalício após cinco dias de reuniões e oito congregações gerais.

- 9 de março.- A chaminé pela qual sairá a fumaça branca que anunciará ao mundo que a Igreja Católica tem um novo papa é colocada na Capela Sistina, lugar onde se desenvolverá o conclave do qual sairá o sucessor de Bento XVI.

- 12 de março.- Os 115 cardeais que elegem o novo papa se transferem à residência de Santa Marta, dentro do Vaticano, onde se alojam durante os dias do conclave.

- É celebrada na basílica de São Pedro do Vaticano a missa que oficializa o decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano. O cardeal Sodano pede na missa prévia ao conclave a unidade na Igreja.

- Os 115 cardeais que elegem o sucessor de Bento XVI são fechados na Capela Sistina, depois que o mestre de cerimônias pronuncia a frase 'Extra Omnes' ('Todos fora'), dando início ao conclave.

- Primeira fumaça negra que anuncia que não há papa.

- 13 de março, 11h39 (07h39 de Brasília).- Segunda fumaça negra após duas votações sem consenso na reunião matinal do conclave.

- 19h08 (15h08 de Brasília).- Fumaça branca anuncia a eleição do novo pontífice na reunião da tarde.

- O cardeal protodiácono Jean-Louis Tauran anuncia a escolha do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires e jesuíta de 76 anos, como o novo papa, que escolhe o nome de Francisco I.

- O novo papa Francisco I se apresenta às dezenas de milhares de fiéis que lotam a Praça de São Pedro do Vaticano.

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