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Novo IPI elevará proporção de carros flex no Brasil, diz EPE

Para a Empresa de Pesquisa Energética, novo imposto estimula a produção nacional de carros adaptados ao etanol

O Brasil deverá chegar a 2020 com 80% de carros flex, contra 49% de hoje, segundo a entidade (Stock.Xchange)

O Brasil deverá chegar a 2020 com 80% de carros flex, contra 49% de hoje, segundo a entidade (Stock.Xchange)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 14h29.

Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, afirmou que o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis importados deve elevar a proporção de veículos flex no país, com a produção nacional de carros adaptados ao etanol. Para ele, o Brasil deverá chegar a 2020 com 80% de carros flex, contra 49% de hoje.

Tolmasquim disse ainda que a projeção da EPE de que haverá 50,3 milhões de automóveis em circulação no País em 2020 é conservadora. Até lá, ele aposta que a frota chegará a 53 milhões de veículos, contra 27,9 milhões de hoje. A EPE projeta que, com o pré-sal, o Brasil estará produzindo em dez anos 6,1 milhões de barris de petróleo por dia, incluindo a produção da Petrobras e das demais empresas que farão a exploração. Hoje, a produção está em 2,3 milhões de barris/dia.

Desse total previsto para 2021, Tolmasquim calcula que 3 milhões de barris ao dia serão excedentes que poderão ser exportados. Ele diz que apesar de o Brasil ter a perspectiva de se tornar um grande produtor e exportador de petróleo, a matriz energética brasileira não deve se alterar significativamente nesse período, permanecendo focada em energias renováveis. "É um retrato muito positivo, com o País conseguindo ter uma inserção estratégica com o petróleo (no mundo, como exportador), mas mantendo uma matriz limpa", afirmou.

Até 2020, o presidente da EPE calcula que aumentarão as participações da cana de açúcar (de 18% para 22%) e do gás natural (de 10% para 14%) na matriz. A perspectiva para o gás, diz, é conservadora e, com a exploração do pré-sal, tende a ser mais forte. O aumento da cana será favorecido com o início do processamento da palha e da ponta da cana, que hoje ainda são queimados, desperdiçando 1/3 da energia potencial da planta. As projeções da EPE levam em conta um crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, e aumento da demanda de energia a 5,3%. Tolmasquim participou hoje da 4ª edição da conferência Rio Pipeline, organizada pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

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