Os republicanos largam na frente em 2017. Hoje os novos membros do partido assumem o controle do 115º Congresso americano. Embora Donald Trump só assuma a presidência no dia 20 de janeiro, completando a tríade que o partido passará a ocupar na Câmara, no Senado e no Executivo, os legisladores do partido estão incubidos de dar início a um agressivo plano de propostas, que Trump ajudará a transformar em lei. A começar com a ambição de acabar com os programas de Barack Obama.

O novo congresso, composto por 52 republicanos no Senado e 341 Câmara, vem com a forte intenção de deixar uma marca. Os republicanos esperam criar um caminho para desfazer o programa de saúde conhecido como Obamacare, diminuir as regulações do governo sobre os negócios, preencher um assento da Suprema Corte que está vago desde a morte do juiz Antonin Scalia — com um nome conservador, obviamente — e começar as entrevistas com os indicados de Trump. Não vai faltar trabalho.

Barack Obama, que prometeu fazer uma transição agradável para Trump quando os dois se encontraram no Salão Oval dias após a eleição, não está disposto a ir embora e deixar terreno fértil para o sucessor desfazer seus feitos. A menos de três semanas para sair da Casa Branca, ele usa todo poder ao seu alcance para cimentar seu nome na história: baniu a prospecção de petróleo na costa do Atlântico, estabeleceu novas leis ambientais, fez doações a clínicas de maternidade planejada, ordenou a transferência de presos de Guantánamo e fez sanções à Rússia por ter interferido nas eleições norte-americanas.

A maior esperança democrata são os republicanos que ainda têm sentimentos mistos quanto a Trump. Em uma mensagem aos congressistas republicanos, o vice-presidente eleito Mike Pence disse que eles deveriam “apertar os cintos” para os 100 primeiros dias de governo. O conselho vale para todos os americanos.