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Nove das dez vítimas de ataque em Gaza eram crianças

Autoridades palestinas e israelenses culpam-se mutuamente pelo ataque, que deixou 46 feridos, enquanto a guerra continua no território costeiro


	Palestinas: ataque aconteceu quando crianças brincavam num balanço do campo de refugiados
 (AFP/Getty Images)

Palestinas: ataque aconteceu quando crianças brincavam num balanço do campo de refugiados (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 15h46.

Cidade de Gaza - Um ataque contra um parque na Faixa de Gaza matou 10 pessoas nesta segunda-feira, das quais nove eram crianças, e deixou 46 feridos.

Autoridades palestinas e israelenses culpam-se mutuamente pelo ataque, enquanto a guerra continua no território costeiro, apesar do feriado muçulmano do Eid al-Fitr, que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

Israel afirma que um ataque com morteiros contra a região sul do país deixou "mortos e feridos", mas não divulgou mais detalhes.

Segundo meios de comunicação locais, helicópteros transportaram feridos para hospitais locais e ao menos quatro pessoas morreram.

O ataque ao parque de Gaza aconteceu quando as crianças brincavam num balanço do campo de refugiados de Shati, nas proximidades da Cidade de Gaza, disse Ayman Sahabani, chefe do pronto-socorro do hospital Shifa. Segundo ele, nove das dez vítimas fatais no parque eram crianças abaixo dos 12 anos.

O ataque ao parte aconteceu poucos minutos depois de o ambulatório do hospital ter sido atingido, deixando vários feridos. Equipes de filmagem foram impedidas de gravar na área do hospital.

O centro de operações da polícia de Gaza, a Defesa Civil e Sahabani responsabilizam Israel pelos ataques. Já o temente coronel Peter Lerner, porta-voz do Exército israelense, nega que Israel esteja envolvido. "Este incidente foi obra de terroristas de Gaza, cujos foguetes caíram antes e atingiram o hospital Shifa e o campo Beach (Shati)", afirmou ele.

O porta-voz do ministério do Interior de Gaza, Eyad al-Bozum, disse acreditar que estilhaços encontrados nos corpos das vítimas fatais e dos feridos são prova do papel de Israel no incidente.

"A ocupação afirma que foguetes palestinos atingiram o hospital e o parque", disse ele. "Isso é uma tentativa de encobrir o horrível crime cometido por eles contra crianças e civis e por causa do temor de um escândalo e de processos legais."

Em mensagem de texto, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, chamou o ataque no parque de "massacre". O braço armado do Hamas disse que em resposta ao ataque disparou três foguetes contra a cidade portuária israelense de Ashdod.

O Exército israelense ordenou nesta segunda-feira que moradores de partes do norte de Gaza saíssem de suas casas e fossem em direção na região central do território, um sinal de que Israel pode estar ampliando sua ofensiva.

Mais cedo, jatos israelenses haviam atingido várias localidades em Gaza enquanto foguetes continuaram a cair em Israel, informaram militares de Israel, interrompendo uma calma relativa no território.

Israel afirma que lançou sua ofensiva contra o Hamas em 8 de julho para interromper o incessante disparo de foguetes de Gaza em direção a seu território. Posteriormente, as ações foram ampliadas com uma ofensiva terrestre, desta vez com o objetivo de destruir a rede de túneis construído pelo Hamas, vista como uma grande ameaça por Israel. Fonte: Associated Press.

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