Nova Zelândia quer nova bandeira que apague passado colonial
Premiê opta por bandeira preta com folha de samambaia de cor prata, que foi incluída em vários símbolos nacionais da Nova Zelândia e algumas moedas do país
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 17h43.
Sydney - O líder do Executivo neozelandês, John Key, promoteu que se for reeleito no cargo em setembro colocará em referendo a substituição da atual bandeira a fim de apagar o passado colonial e refletir a identidade do país.
"Deveríamos ser representados por uma bandeira que distingua a Nova Zelândia , uma bandeira que seja identificada imediatamente pelos neozelandeses e com os neozelandeses", disse o primeiro-ministro desse país nesta semana ao reavivar um debate que começou timidamente na década de 1970.
A proposta entrou na presente campanha eleitoral, antes dos pleitos gerais de 20 de setembro, depois que Key prometeu convocar um referendo antes de 2017 sobre a mudança de bandeira se for reeleito para um seguinte mandato, segundo a "Radio New Zealand".
O governante opta por uma bandeira preta com uma folha de samambaia de cor prata, que foi incluída em vários símbolos nacionais como o escudo de armas da Nova Zelândia e algumas moedas do país, além de ser o emblema das equipes de críquete e de rúgbi.
Esta bandeira tinha sido proposta em 1998 pela então titular de Assuntos Culturais, Marie Hasler, e seis anos mais tarde o empresário Lloyd Morrison criou o fideicomisso NZFlag.com para encorajar seus compatriotas a mudar de distintivo.
Key, que se mostrou disposto a entabular um debate sobre o design, reconheceu que uma bandeira nem sempre tem o mesmo significado para todos os cidadãos e por isso algumas pessoas, no processo de considerar a possibilidade de adotar uma nova, "irão querer uma maior representação maori".
Com um tom mais humorístico, o informático alemão Kim Dotcom, que vive na Nova Zelândia e é requerido pelos Estados Unidos por suposta pirataria informática, propôs nas redes sociais uma bandeira roxa com o emoticon de uma cara feliz, em alusão à luta por uma maior liberdade no ciberespaço.
A iniciativa causou mal-estar entre os monárquicos, um pouco antes da visita em abril do príncipe William, sua mulher e seu filho à Austrália e Nova Zelândia, e no marco dos preparativos pelo centenário em 2015 da aterrissagem das forças australianas e zelandesas em Gallipoli.
Uma enquete de 2011 apontou que 72% dos neozelandeses consultados se opunham à mudança, segundo o portal "New Zealand History Online".
A atual bandeira neozelandesa é de cor azul, tem em seu canto superior esquerdo a "Union Jack" britânica, que combina os cruzamentos dos santos patrões da Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte.
Além disso, tem quatro estrelas vermelhas com bordas brancas que representam o Cruzeiro do Sul.
Mas esta bandeira é confundida com a da Austrália, que é de cor azul, e inclui a "Union Jack", mas se diferencia na cor das estrelas, assim como no número das mesmas.
O debate sobre a mudança de bandeira também chegou à Austrália, onde esta polêmica está ligada fortemente ao movimento republicano.
Ali, o diretor-executivo de Ausglag, Harold Scruby, declarou à emissora local "ABC" que, apesar da Nova Zelândia ter a folha de samambaia como emblema, os australianos estariam divididos entre o canguru, o Cruzeiro do Sul, Uluru ou o emblema aborígine.
A atual ministra de Relações Exteriores da Austrália, a conservadora Julie Bishop, assegurou à rádio "BBC" que os australianos não modificarão sua bandeira, como fez o Canadá em 1965, ao mudar a "Union Jack" britânica pela emblemática folha vermelha de bordo.
Sydney - O líder do Executivo neozelandês, John Key, promoteu que se for reeleito no cargo em setembro colocará em referendo a substituição da atual bandeira a fim de apagar o passado colonial e refletir a identidade do país.
"Deveríamos ser representados por uma bandeira que distingua a Nova Zelândia , uma bandeira que seja identificada imediatamente pelos neozelandeses e com os neozelandeses", disse o primeiro-ministro desse país nesta semana ao reavivar um debate que começou timidamente na década de 1970.
A proposta entrou na presente campanha eleitoral, antes dos pleitos gerais de 20 de setembro, depois que Key prometeu convocar um referendo antes de 2017 sobre a mudança de bandeira se for reeleito para um seguinte mandato, segundo a "Radio New Zealand".
O governante opta por uma bandeira preta com uma folha de samambaia de cor prata, que foi incluída em vários símbolos nacionais como o escudo de armas da Nova Zelândia e algumas moedas do país, além de ser o emblema das equipes de críquete e de rúgbi.
Esta bandeira tinha sido proposta em 1998 pela então titular de Assuntos Culturais, Marie Hasler, e seis anos mais tarde o empresário Lloyd Morrison criou o fideicomisso NZFlag.com para encorajar seus compatriotas a mudar de distintivo.
Key, que se mostrou disposto a entabular um debate sobre o design, reconheceu que uma bandeira nem sempre tem o mesmo significado para todos os cidadãos e por isso algumas pessoas, no processo de considerar a possibilidade de adotar uma nova, "irão querer uma maior representação maori".
Com um tom mais humorístico, o informático alemão Kim Dotcom, que vive na Nova Zelândia e é requerido pelos Estados Unidos por suposta pirataria informática, propôs nas redes sociais uma bandeira roxa com o emoticon de uma cara feliz, em alusão à luta por uma maior liberdade no ciberespaço.
A iniciativa causou mal-estar entre os monárquicos, um pouco antes da visita em abril do príncipe William, sua mulher e seu filho à Austrália e Nova Zelândia, e no marco dos preparativos pelo centenário em 2015 da aterrissagem das forças australianas e zelandesas em Gallipoli.
Uma enquete de 2011 apontou que 72% dos neozelandeses consultados se opunham à mudança, segundo o portal "New Zealand History Online".
A atual bandeira neozelandesa é de cor azul, tem em seu canto superior esquerdo a "Union Jack" britânica, que combina os cruzamentos dos santos patrões da Inglaterra, Escócia e Irlanda do Norte.
Além disso, tem quatro estrelas vermelhas com bordas brancas que representam o Cruzeiro do Sul.
Mas esta bandeira é confundida com a da Austrália, que é de cor azul, e inclui a "Union Jack", mas se diferencia na cor das estrelas, assim como no número das mesmas.
O debate sobre a mudança de bandeira também chegou à Austrália, onde esta polêmica está ligada fortemente ao movimento republicano.
Ali, o diretor-executivo de Ausglag, Harold Scruby, declarou à emissora local "ABC" que, apesar da Nova Zelândia ter a folha de samambaia como emblema, os australianos estariam divididos entre o canguru, o Cruzeiro do Sul, Uluru ou o emblema aborígine.
A atual ministra de Relações Exteriores da Austrália, a conservadora Julie Bishop, assegurou à rádio "BBC" que os australianos não modificarão sua bandeira, como fez o Canadá em 1965, ao mudar a "Union Jack" britânica pela emblemática folha vermelha de bordo.