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Nova York usará pílulas anticoncepcionais contra infestação de ratos

Acredita-se que um casal de roedores possa gerar até 15.000 descendentes em um ano

A luta para erradicar essa praga das ruas de Nova York começou em 1967 (Francisco Martins/Thinkstock)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 2 de outubro de 2024 às 09h51.

A cidade de Nova York tem travado há muitas décadas uma batalha contra os ratos. Estima-se que existam ao menos 3 milhões deles na cidade - um para cada oito habitantes da metrópole.

Nesse contexto, a prefeitura aprovou um projeto que busca controlar a natalidade dos roedores. A ideia da administração municipal, segundo reportagem do La Nacion, consiste em colocar pílulas anticoncepcionais em contêineres especiais ao alcance desses animais para que possam ingeri-las.

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O problema dos ratos na cidade é conhecido em todo o mundo, e até gerou uma mini-indústria turística em torno disso, com pessoas oferecendo passeios para descobrir esses roedores perambulando pelas ruas. No ano passado, as autoridades locais nomearam a funcionária Kathleen Corradi para se encarregar de controlar esses animais, que foram chamados de “inimigo público número um”.

Tarefa quase impossível

Segundo as estimativas dos especialistas, os ratos têm uma capacidade reprodutiva alta, o que torna o esforço para erradicá-los, ou ao menos diminuir a população, muito difícil.Acredita-se que um casal de ratos possa gerar até 15.000 descendentes em um ano.

A luta para erradicar essa praga das ruas de Nova York começou em 1967, quando o então governador Nelson Rockefeller anunciou a criação do primeiro plano de mitigação de crias: consistia em borrifar carnes e cereais com estrogênio extraído das pílulas anticoncepcionais humanas. No entanto, o método não funcionou.

No final do mês passado, a cidade organizou sua primeira cúpula para combater a praga.Com participação do prefeito Eric Adams, agora indiciado num caso de corrupção,e de outras autoridades municipais,o primeiro dia do evento mostrou apresentações acadêmicas de pesquisadores e especialistas de cidades dos Estados Unidos e Canadá. O segundo dia do summit discutiu osdesafios da mitigação dos roedores, abrangendo parques, esgotos, canteiros de obras, moradias públicas, quintais e becos.

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