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Nova York indica que falta de exames de coronavírus pode adiar reabertura

O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, disse que pode demorar semanas, senão meses, para a metrópole mais populosa dos Estados Unidos reabrir

Nova York: estado tem cerca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus (Spencer Platt/Getty Images)

Nova York: estado tem cerca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus (Spencer Platt/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 20 de abril de 2020 às 11h53.

O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, disse nesta segunda-feira que pode demorar semanas, senão meses, para a metrópole mais populosa dos Estados Unidos reabrir devido à falta de exames em grande escala, apesar de as autoridades de outras localidades terem começado a revogar restrições à vida cotidiana.

De Blasio, cuja cidade está no epicentro da crise de coronavírus no país, disse que precisa estar realizando centenas de milhares de exames por dia e ver as hospitalizações diminuírem mais antes de reativar a economia.

"Poderíamos chegar lá, mas não conseguimos fazê-lo sem exames abrangentes, e até agora o governo federal ainda não conseguiu arranjar isso", disse De Blasio no programa "Morning Joe" da rede MSNBC, acrescentando que acabar com o distanciamento social cedo demais pode reativar o vírus.

"O governo federal, especialmente, precisa receber o memorando dizendo que isso ainda não acabou, e se você fingir que acabou só vai voltar e piorar tudo."

O alerta de De Blasio sobre os exames ecoou comentários feitos por vários governadores durante o final de semana em que estes contestaram as afirmações do presidente Donald Trump, segundo o qual estes têm exames suficientes da covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

 

Os EUA têm de longe o maior número de casos confirmados de coronavírus do mundo – são mais de 750 mil infecções e mais de 40.500 mortes, quase metade delas no Estado de Nova York, de acordo com uma contagem da Reuters.

As diretrizes de Trump para reativar a economia recomendam um registro estadual de 14 dias de recuo na quantidade de casos antes da suspensão gradual das restrições, mas o presidente republicano pareceu incentivar os manifestantes que querem reabrir mais cedo com uma série de tuítes publicados na sexta-feira pedindo-os que "LIBERTEM" Michigan, Minnesota e Virgínia – todos Estados com governadores democratas.

Estima-se que 2.500 pessoas se reuniram no capitólio estadual de Olympia, em Washington, para protestar contra a ordem de confinamento domiciliar do governador democrata Jay Inslee, uma de várias manifestações.

Os moradores da Flórida tiveram permissão de voltar a algumas praias depois que o governador, Ron DeSantis, aprovou o relaxamento de algumas restrições.

Charlie Latham, prefeito de Jacksonville Beach, disse que o primeiro final de semana de reabertura da praia com horário limitado correu bem, sem prisões de pessoas por violação das regras de distanciamento social, que incluem a proibição de cadeiras.

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