Claudia Sheinbaum, presidente do México, durante entrevista coletiva (José Méndez/EFE)
Colaboradora
Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 16h07.
Última atualização em 12 de dezembro de 2025 às 16h09.
O Congresso do México aprovou um projeto de lei que pode prejudicar as exportações do Brasil. Segundo análise da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as medidas podem afetar US$ 1,7 bilhão em mercadorias por ano.
O texto aprovado por 76 votos a cinco no Senado institui o Programa de Proteções para as Indústrias Estratégicas, alterando partes da Lei dos Impostos Gerais de Importação e Exportação para modificar as tarifas alfandegárias. De acordo com o site da casa, o objetivo das mudanças é "consolidar um novo modelo de desenvolvimento econômico que fortaleça a competitividade interna" do país. Agora, o projeto segue para a sanção da presidente Claudia Sheinbaum.
Segundo a CNI, o México importou US$ 11,7 bilhões do Brasil em 2024, dos quais US$ 1,7 bilhão podem estar sujeitos às novas tarifas. De forma geral, a medida afeta 232 produtos e 16 setores da indústria de transformação, principalmente automóveis, borracha e plástico, máquinas e equipamentos, químicos e metalurgia.
O projeto eleva as tarifas de importação para 983 produtos de 19 setores. Ainda de acordo com a CNI, a tarifa média de importação passaria de 16,1% para 33,8%, podendo chegar a 50% em alguns produtos.
Embora o Brasil seja expressivamente afetado, o maior impacto ocorreria na Ásia. Segundo o levantamento da CNI, a China seria a nação mais afetada, com cerca de US$ 34,2 bilhões sujeitos a novas tarifas.
Na sequência, aparecem a Coreia do Sul (US$ 5,8 bilhões), a Índia (US$ 3,1 bilhões) e a Tailândia (US$ 1,8 bilhão). Com exceção dos países asiáticos, o Brasil seria o país mais prejudicado pelas novas tarifas do México.