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Nos EUA, mais crianças morrem onde leis de armas são menos rigorosas

Estados americanos com regulamentações mais brandas têm o dobro de mortes infantis por armas de fogo, segundo a Academia Americana de Pediatria

Criança com arma de fogo. (DmitriMaruta/Getty Images)

Criança com arma de fogo. (DmitriMaruta/Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 3 de novembro de 2018 às 16h00.

Última atualização em 3 de novembro de 2018 às 16h06.

São Paulo - Uma nova pesquisa da Academia Americana de Pediatria (AAP) sugere que quanto mais duras são as leis  de controle de porte de armas de fogo, menor é o número de crianças e adolescentes hospitalizados e mortos a cada ano nos Estados Unidos devido a ferimentos por armas.

O estudo descobriu que os estados americanos com regulamentações de armas mais brandas e permissivas têm, em média, o dobro de mortes infantis por armas de fogo por ano do que os estados com leis mais rígidas.

Nos Estados Unidos, os estados podem legislar a respeito do tema, e, segundo a pesquisa, aqueles com normativas de prevenção do acesso de crianças às armas - como exigência de requisitos de bloqueio e armazenamento - registram quatro vezes menos casos de "suicídios" por arma de fogo entre as crianças.

"Lesões relacionadas com armas de fogo são a segunda maior causa de morte entre crianças nos Estados Unidos, mas encontramos uma clara discrepância no local onde essas mortes acontecem, o que corresponde à força da legislação estadual sobre armas de fogo", disse Stephanie Chao, principal autora da pesquisa

O estudo também revelou que mais da metade das crianças que moram em casas que possuem armas sabem onde o dispositivo é mantido.

A AAP diz que exigências de segurança e de armazenamento adequados das armas são urgentes, principalmente tendo em vista um outro estudo recente que descobriu que a maioria das crianças não consegue identificar a diferença entre uma arma de brinquedo e uma verdadeira.

Pesquisadores, também associados à APP, descobriram que 59 por cento das crianças entrevistadas não foram capazes de distinguir entre os dois tipos quando expostas a fotos de uma arma de fogo real e uma falsa.

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