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Noruega importa lixo para produzir eletricidade

Com usinas incineradoras capazes de queimar mais lixo do que a população produz, a capital da Noruega começou a importar resíduos da Inglaterra, Irlanda e Suécia para gerar eletricidade


	A Noruega produz cerca de 136 milhões de toneladas de lixo por ano, enquanto as usinas conseguiriam queimar mais de 635 milhões de toneladas no mesmo período
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

A Noruega produz cerca de 136 milhões de toneladas de lixo por ano, enquanto as usinas conseguiriam queimar mais de 635 milhões de toneladas no mesmo período (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 09h29.

São Paulo - Um mês depois de anunciar para o mundo a proposta de importar lixo de outros países para produzir eletricidade - e surpreender muita gente -, a Noruega iniciou a atividade. A capital do país, Oslo, já está recebendo resíduos da Irlanda, Suécia e Inglaterra.

Os países estão enviando para a cidade norueguesa lixo doméstico, industrial e, até mesmo, hospitalar. A decisão de receber os resíduos foi tomada pelo governo devido a grande capacidade das usinas incineradoras da região, que atualmente não é atendida. A população da Noruega produz cerca de 136 milhões de toneladas de lixo por ano, enquanto as usinas conseguiriam queimar mais de 635 milhões de toneladas no mesmo período.

Os resíduos que chegam à capital, assim como os que são produzidos pela própria população, são enviados para as usinas incineradoras e transformados em eletricidade. Atualmente, a queima de lixo consegue atender a demanda energética de metade da cidade de Oslo, diminuindo o uso de combustíveis fósseis na região.

A maioria da população do país aprova a importação de lixo, mas algumas entidades ambientalistas são contra, dizendo que a atividade incentiva ainda mais a produção de lixo - que já é considerada um grande problema ambiental global. Sob críticas e elogios, o governo da Noruega segue com a atividade e pretende conquistar também o "mercado de lixo" norte-americano, uma vez que o transporte marítimo para realizar a importação é considerado relativamente barato.

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