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No último dia em Israel, Obama visita lugares simbólicos

Presidente americano visitou o memorial do Holocausto e os túmulos do fundador do sionismo moderno, Theodor Herzl, e do primeiro-ministro Yitzhak Rabin

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, coloca uma coroa de flores no túmulo do ex-primeiro ministro Yitzhak Rabin, em Jerusalém (Jason Reed/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2013 às 09h57.

Jerusalém - O presidente dos EUA, Barack Obama , visitou na sexta-feira os mais poderosos símbolos nacionais de Israel -o memorial do Holocausto e os túmulos do fundador do sionismo moderno, Theodor Herzl, e do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado em 1995.

A imagem de Obama curvado em reflexão depois de depositar uma coroa de flores no memorial Yad Vashem, que homenageia os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo, agrega uma nova camada emocional a uma visita de três dias, cheia de gestos simbólicos e apelos pela paz.

Usando uma quipá (solidéu), Obama reavivou uma chama eterna vizinha a uma lápide que cobre cinzas retiradas de campos de extermínio após a Segunda Guerra Mundial.

"Não temos escolha senão aquiescer ao mal ou tornar real o nosso voto solene, nunca mais", disse Obama.

Antes, cumprindo a tradição judaica, ele depositou pedras nos túmulos de Herzl, que morreu mais de quatro décadas antes da fundação de Israel, ocorrida em 1948, e de Rabin, que foi morto por um radical judeu que se opunha ao processo de paz com os palestinos.

Autoridades disseram que a visita de Obama ao Yad Vashem e ao cemitério do monte Herzl, em Jerusalém, se destinava a corrigir uma impressão que o presidente passou num discurso em 2009 no Cairo, em que ele pareceu argumentar que a legitimidade do Estado judeu decorria do Holocausto.


No Yad Vashem, Obama deixou claro que reconhece as milenares raízes judaicas na Terra Santa.

"Aqui na nossa terra antiga, diga-se para que todo o mundo ouça: o Estado de Israel não existe por causa do Holocausto, mas, com a sobrevivência de um forte Estado judeu de Israel, tal Holocausto nunca mais vai se repetir", disse ele.

Obama embarca ainda na sexta-feira para a Jordânia, onde discutirá com o rei Abdullah, aliado dos EUA, problemas como a guerra civil da vizinha Síria e a dificuldade na retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos.

Durante sua visita, Obama buscou tranquilizar o público israelense sobre o apoio dos EUA ao país, num momento de crescente tensão por causa do programa nuclear iraniano e da guerra na Síria.

Mas, em um discurso na quarta-feira, ele também disse que os israelenses deveriam pressionar seus líderes a assumirem riscos e buscarem a paz com os palestinos. Pediu à sua plateia de estudantes universitários que se colocasse no lugar dos vizinhos sob ocupação.

Na quinta-feira, Obama visitou a Cisjordânia, onde teve recepção menos calorosa do que em Israel.

Após uma última conversa na sexta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ele voltará a se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na cidade de Belém, na Cisjordânia, onde visitará a igreja da Natividade, suposto local do nascimento de Cristo.

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Jerusalém - O presidente dos EUA, Barack Obama , visitou na sexta-feira os mais poderosos símbolos nacionais de Israel -o memorial do Holocausto e os túmulos do fundador do sionismo moderno, Theodor Herzl, e do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, assassinado em 1995.

A imagem de Obama curvado em reflexão depois de depositar uma coroa de flores no memorial Yad Vashem, que homenageia os 6 milhões de judeus mortos pelo nazismo, agrega uma nova camada emocional a uma visita de três dias, cheia de gestos simbólicos e apelos pela paz.

Usando uma quipá (solidéu), Obama reavivou uma chama eterna vizinha a uma lápide que cobre cinzas retiradas de campos de extermínio após a Segunda Guerra Mundial.

"Não temos escolha senão aquiescer ao mal ou tornar real o nosso voto solene, nunca mais", disse Obama.

Antes, cumprindo a tradição judaica, ele depositou pedras nos túmulos de Herzl, que morreu mais de quatro décadas antes da fundação de Israel, ocorrida em 1948, e de Rabin, que foi morto por um radical judeu que se opunha ao processo de paz com os palestinos.

Autoridades disseram que a visita de Obama ao Yad Vashem e ao cemitério do monte Herzl, em Jerusalém, se destinava a corrigir uma impressão que o presidente passou num discurso em 2009 no Cairo, em que ele pareceu argumentar que a legitimidade do Estado judeu decorria do Holocausto.


No Yad Vashem, Obama deixou claro que reconhece as milenares raízes judaicas na Terra Santa.

"Aqui na nossa terra antiga, diga-se para que todo o mundo ouça: o Estado de Israel não existe por causa do Holocausto, mas, com a sobrevivência de um forte Estado judeu de Israel, tal Holocausto nunca mais vai se repetir", disse ele.

Obama embarca ainda na sexta-feira para a Jordânia, onde discutirá com o rei Abdullah, aliado dos EUA, problemas como a guerra civil da vizinha Síria e a dificuldade na retomada do processo de paz entre israelenses e palestinos.

Durante sua visita, Obama buscou tranquilizar o público israelense sobre o apoio dos EUA ao país, num momento de crescente tensão por causa do programa nuclear iraniano e da guerra na Síria.

Mas, em um discurso na quarta-feira, ele também disse que os israelenses deveriam pressionar seus líderes a assumirem riscos e buscarem a paz com os palestinos. Pediu à sua plateia de estudantes universitários que se colocasse no lugar dos vizinhos sob ocupação.

Na quinta-feira, Obama visitou a Cisjordânia, onde teve recepção menos calorosa do que em Israel.

Após uma última conversa na sexta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ele voltará a se reunir com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, na cidade de Belém, na Cisjordânia, onde visitará a igreja da Natividade, suposto local do nascimento de Cristo.

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