No Dia da Consciência Negra, busto de Zumbi é lavado no Rio
As comemorações, que têm início nesta terça-feira, se estendem até o fim da semana com shows, exposições, sessões de cinema e festas
Da Redação
Publicado em 20 de novembro de 2012 às 08h57.
Rio de Janeiro - Com mais da metade da população de negros (pretos e pardos), o estado do Rio comemora hoje (20) o Dia da Consciência Negra. As atividades começam cedo, com a tradicional lavagem do Monumento Zumbi, na capital, e se estendem até o fim de semana, com shows de música, mostra fotográfica, sessões de cinema e festas nas comunidades quilombolas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,7% da população do Rio são formados por negros - 12,3% pretos e 39,3% pardos. O Pará tem o maior índice de negros - 76,7%, seguido da Bahia (76,2%) e do Maranhão (76,2%). O Rio está na 22ª posição no ranking.
As comemorações na capital começam na Praça XI, em volta da estátua de Zumbi, símbolo da resistência à escravidão. Com a participação de religiões de matriz africana, a lavagem do monumento será feita pelo afoxé Filhos de Gandhi, Estrela de Oya, com a presença de rodas de baianas, de capoeiras e da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.
As atividades seguem pela zona portuária, onde os pesquisadores estimaram o desembarque de cerca de 1 milhão de negros escravizados na África, no Cais do Valongo. Recuperado durante obras de revitalização, o local recebe o projeto Herança Africana - Intervenções Urbanas no Caminho do Porto, com mostras ao ar livre em todo o bairro.
O destaque é um roteiro audiovisual sobre a história da cidade, desde a chegada dos navios negreiros até os dias de hoje, com fotos, vídeos e espetáculos teatrais na Pedra do Sal, no Largo da Prainha e nos Jardins Suspensos do Valongo. A ideia é homenagear também as personalidades que passaram por ali, como o músico Heitor dos Prazeres.
Shows da artista caboverdiana Lura, da nigeriana Nneka e da rapper americana Missy Eliot estão previstos no Festival BacktoBlack - que faz uma ponte entre a música brasileira e africana - de sexta-feira (23) a domingo (25). Também haverá debates sobre o apartheid (regime de segregação racial na África do Sul), sobre o papel da mulher na literatura e a influência do samba na literatura.
Reduto histórico da comunidade negra na cidade do Rio desde a década de 1940, o Renascença Clube, no Andaraí, zona norte, também organiza roda de samba e feijoada.
Na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, será escolhida a musa negra estadual. Homenagens, festas e jantares, ocorrem em Barra Mansa, no sul, e em Itaboraí, na região metropolitana.
No interior do estado, a programação segue nas comunidades quilombolas. Em Magé, no norte fluminense, será lançado o documentário Maria Conga - Orgulho de Ser Quilombola, sobre a própria comunidade. Em Búzios, no litoral sul, a comunidade Maria Joaquina faz exibiçãode fotos; em Paraty, Campinho organiza uma grande festa, assim como Marambaia, na mesma região.
Amanhã (21), a Assembleia Legislativa do Rio promove debates em homenagem a Zumbi e a João Cândido. Líder da Revolta da Chibata, o chamado almirante negro se opôs aos castigos físicos, como chicotadas, aplicados pela Marinha no início do século passado.
Rio de Janeiro - Com mais da metade da população de negros (pretos e pardos), o estado do Rio comemora hoje (20) o Dia da Consciência Negra. As atividades começam cedo, com a tradicional lavagem do Monumento Zumbi, na capital, e se estendem até o fim de semana, com shows de música, mostra fotográfica, sessões de cinema e festas nas comunidades quilombolas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,7% da população do Rio são formados por negros - 12,3% pretos e 39,3% pardos. O Pará tem o maior índice de negros - 76,7%, seguido da Bahia (76,2%) e do Maranhão (76,2%). O Rio está na 22ª posição no ranking.
As comemorações na capital começam na Praça XI, em volta da estátua de Zumbi, símbolo da resistência à escravidão. Com a participação de religiões de matriz africana, a lavagem do monumento será feita pelo afoxé Filhos de Gandhi, Estrela de Oya, com a presença de rodas de baianas, de capoeiras e da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.
As atividades seguem pela zona portuária, onde os pesquisadores estimaram o desembarque de cerca de 1 milhão de negros escravizados na África, no Cais do Valongo. Recuperado durante obras de revitalização, o local recebe o projeto Herança Africana - Intervenções Urbanas no Caminho do Porto, com mostras ao ar livre em todo o bairro.
O destaque é um roteiro audiovisual sobre a história da cidade, desde a chegada dos navios negreiros até os dias de hoje, com fotos, vídeos e espetáculos teatrais na Pedra do Sal, no Largo da Prainha e nos Jardins Suspensos do Valongo. A ideia é homenagear também as personalidades que passaram por ali, como o músico Heitor dos Prazeres.
Shows da artista caboverdiana Lura, da nigeriana Nneka e da rapper americana Missy Eliot estão previstos no Festival BacktoBlack - que faz uma ponte entre a música brasileira e africana - de sexta-feira (23) a domingo (25). Também haverá debates sobre o apartheid (regime de segregação racial na África do Sul), sobre o papel da mulher na literatura e a influência do samba na literatura.
Reduto histórico da comunidade negra na cidade do Rio desde a década de 1940, o Renascença Clube, no Andaraí, zona norte, também organiza roda de samba e feijoada.
Na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, será escolhida a musa negra estadual. Homenagens, festas e jantares, ocorrem em Barra Mansa, no sul, e em Itaboraí, na região metropolitana.
No interior do estado, a programação segue nas comunidades quilombolas. Em Magé, no norte fluminense, será lançado o documentário Maria Conga - Orgulho de Ser Quilombola, sobre a própria comunidade. Em Búzios, no litoral sul, a comunidade Maria Joaquina faz exibiçãode fotos; em Paraty, Campinho organiza uma grande festa, assim como Marambaia, na mesma região.
Amanhã (21), a Assembleia Legislativa do Rio promove debates em homenagem a Zumbi e a João Cândido. Líder da Revolta da Chibata, o chamado almirante negro se opôs aos castigos físicos, como chicotadas, aplicados pela Marinha no início do século passado.