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Nigéria liberta 244 presos do Boko Haram que renunciaram ao grupo

Libertados, 118 homens, 56 mulheres, 19 adolescentes e 51 crianças, saíram de prisão ontem na cidade de Maiduguri

Boko Haram, que significa em línguas locais "A educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria (Afolabi Sotunde/Reuters/Reuters)

Boko Haram, que significa em línguas locais "A educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria (Afolabi Sotunde/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 14h52.

Abuja - As autoridades nigerianas libertaram 244 membros e familiares do grupo jihadista Boko Haram arrependidos que renunciaram à violência, informou nesta terça-feira a imprensa local.

Os libertados, 118 homens, 56 mulheres, 19 adolescentes e 51 crianças, saíram de prisão ontem em Maiduguri, a capital da província de Borno (noroeste), zona de maior atividade e influência do grupo terrorista.

As autoridades militares autorizaram a libertação depois que os detidos mostraram arrependimento e se submeteram a um processo para garantir que não voltariam a representar perigo para a sociedade, explicou o comissário Rogers Nicholas ao jornal "The Vanguard".

"Os detidos foram desradicalizados e poderão se reintegrar à sociedade. Vamos entregá-los a entregar às autoridades locais de Borno", apontou.

O Boko Haram, que significa em línguas locais "A educação não islâmica é pecado", luta para impor um Estado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

Os ataques do grupo jihadista no nordeste da Nigéria deixaram mais de 20 mil mortos e causaram o deslocamento de 1,9 milhão de pessoas, segundo as Nações Unidas.

A ofensiva militar contra o grupo terrorista conseguiu minimizar em grande medida os ataques, e graças ao apoio de países vizinhos como Camarões, Níger, Chade e Benim foi possível retirar os jihadistas de grande parte dos territórios que tinham ocupado.

Apesar dos avanços, o Boko Haram continua causando grandes danos com atentados suicidas surpresa perpetrados, sobretudo, por menores de idade que atacam alvos vulneráveis como mercados, escolas e lugares de culto.

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