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Nigéria isola hospital de Lagos que recebeu vítima de ebola

Cidade nigeriana de Lagos interditou e colocou em quarentena, na segunda-feira, um hospital onde um homem morreu de ebola

Ebola: hospital será fechado por uma semana e todo o pessoal monitorado para garantir que o vírus não se espalhe (AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 13h35.

Lagos - A cidade nigeriana de Lagos interditou e colocou em quarentena, na segunda-feira, um hospital onde um homem morreu de ebola, o primeiro caso registrado da doença altamente infecciosa no país mais populoso de África .

Patrick Sawyer, consultor do Ministério das Finanças da Libéria, de 40 anos, entrou em colapso ao chegar ao aeroporto de Lagos em 20 de julho e foi colocado em isolamento no hospital First Consultants em Obalende, uma das partes mais movimentadas da cidade de 21 milhões de pessoas. Ele morreu na sexta-feira.

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"Nós tivemos que fechar o hospital para que possamos colocar o ambiente devidamente em quarentena. Alguns dos funcionários do hospital que estiveram em contato próximo com a vítima foram isolados", disse o comissário estadual de Saúde de Lagos, Jide Idris, à TV nigeriana.

O hospital será fechado por uma semana e todo o pessoal monitorado para garantir que o vírus não se espalhe, acrescentou.

O surto de ebola já matou 672 pessoas em toda a Guiné, Libéria e Serra Leoa desde que o primeiro caso foi diagnosticado em fevereiro.

A taxa de mortalidade é de 90 por cento entre os contaminados, embora a taxa de mortalidade da epidemia atual seja de cerca de 60 por cento. Altamente contagiosa, especialmente nos estágios finais, os sintomas da doença incluem vômitos, diarréia e hemorragia interna e externa.

Somando-se aos riscos, os médicos nigerianos estão em greve por melhores condições de trabalho e salários. O presidente da Associação Médica Nigeriana, Tope Ojo, foi citado na mídia local no sábado dizendo que a greve não seria interrompida apesar da ameaça do ebola.

Aeroportos, portos marítimos da Nigéria e fronteiras terrestres estão sob “alerta vermelho" desde sexta-feira.

A Libéria fechou a maioria de seus postos de fronteira no domingo e introduziu medidas de saúde rigorosas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse em um comunicado que o avião de Sawyer fez escala em Lomé, no Togo, a caminho de Lagos.

"A OMS está enviando equipes para a Nigéria e para o Togo para acompanhar os trabalhos de rastreamento dos contatos, em especial, dos contatos que ele pode ter tido a bordo do avião", disse o porta-voz da OMS Paul Garwood.

A OMS disse na semana passada que o seu diretor regional para África, Luís Sambo, estava em viagem para investigar a situação na Guiné, Libéria e Serra Leoa, que têm 1.201 casos confirmados, suspeitos e prováveis.

Um aumento relativo nos casos na Guiné depois de semanas de baixa atividade viral mostrou "as cadeias não detectadas de transmissão existentes na comunidade", disse a OMS, pedindo que medidas de contenção e rastreamento de contatos sejam intensificadas na Guiné.

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