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Níger indica ter recebido 32 ligados a Kadafi

Os aliados do ex-presidente líbio chegaram ao país desde o dia 2 de setembro

Saadi Kadafi, filho do ditador, estaria entre os líbios recém-chegados a Níger
 (Fethi Belaid/AFP)

Saadi Kadafi, filho do ditador, estaria entre os líbios recém-chegados a Níger (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2011 às 11h54.

Niamey - Trinta e duas pessoas ligadas ao ex-presidente líbio Muammar Khadafi, entre eles Saadi, um de seus filhos, chegaram a Níger desde o dia 2 de setembro, afirmou nesta segunda-feira o primeiro-ministro nigerino, Brigi Rafini.

"São 32 pessoas no total que temos aqui, entre elas, Saadi, um dos filhos do líder líbio, além de três generais", disse Rafini, atualizando a informação para diplomatas estrangeiros em Niamey.

Essas pessoas entraram em quatro grupos e foram "recebidas" em Níger por "razões humanitárias", ressaltou.

O último grupo incluindo Saadi e outras oito pessoas ligadas a seu pai foi "interceptado" no domingo no norte de Níger pelas forças de defesa e de segurança nigerinas, disse Rafini em declarações divulgadas pela rádio pública.

Fontes indicaram na manhã desta segunda-feira que "Saadi ainda não chegou (à capital regional) Agadez e está em alguma parte no deserto".

"Pelo que sabemos, entre as 32 pessoas presentes em Níger, nenhuma é alvo de mandado de prisão ou de busca pelas instâncias (judiciais) internacionais", assegurou o chefe do governo.

O Níger, que reconheceu oficialmente o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, assegurou que respeitará seus compromissos com a justiça internacional relativos aos pró-Kadafi procurados e presentes sem seu território.

Segundo o governo de Níger, os militares de alta patente presentes no país são o general Al-Rifi Ali al-Sharif, chefe da Aeronátutica líbia antes da queda do regime, o general Ali Khana, chefe da guarda de Kadafi e das forças líbias de Obari, sul da Líbia, 200 km ao norte de Níger, e o general Mahammed Abydalkarem, comandante da região militar de Murzuk, no extremo sul da Líbia.

No dia 31 de agosto, Saadi se disse preparado para se render para "parar com o derramamento de sangue" na Líbia, e a rebelião, que tomou o poder depois, havia afirmado então que, nesse caso, sua segurança seria respeitada. "Se minha rendição parar com o derramamento de sangue, estou preparado para me render esta noite", disse Saadi Kadafi à rede Al-Arabiya.

Novas autoridades líbias ainda tentam em vão o ex-homem forte da Líbia e outros de seus filhos, como Seif al-Islam, que fugiu apresentado como o sucessor potencial do Guia líbia deposto.

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