Netanyahu: 'primavera árabe' pode se tornar 'inverno iraniano'
Primeiro-ministro israelense teme que o Irã se utilize dos protestos no mundo árabe para repetir a revolução islâmica ocorrida no país em 1979
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 09h40.
Jerusalém - A "primavera árabe", como está sendo chamado o vasto movimento de protestos que está mudando o mundo árabe, pode se transformar em "um inverno iraniano", advertiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em entrevista exclusiva à AFP.
"Pode acontecer que a primavera árabe se transforme em um inverno iraniano", disse Netanyahu, indagado sobre as revoltas populares que abalam vários países do mundo árabe, durante uma entrevista concedida no final de semana em sua residência oficial em Jerusalém.
"O que esperamos ver é a primavera europeia de 1989", acrescentou o primeiro-ministro, referindo-se à queda rápida e espectacular do sistema comunista totalitário a partir do fim dos anos 80 no leste europeu.
Entretanto, destacou, há uma chance de que os acontecimentos na região possam ser aproveitados por Teerã, buscando a repetição da revolução islâmica de 1979 no Irã.
Desde o início das revoltas árabes, os líderes israelenses trabalham com a hipótese de um cenário "iraniano", no qual organizações aliadas ou próximas ao regime de Teerã poderiam tirar partido da situação para tomar o poder ou ganhar mais influência.
"Em um período de caos, um grupo islâmico organizado poderia tomar o Estado. Aconteceu no Irã e pode acontecer também em outros lugares", argumentou Netanyahu.
Atualmente, Israel considera o Irã como a principal ameaça à sua segurança, devido a seu programa nuclear. Teerã defende abertamente a destruição de Israel e apoia grupos radicais como o Hezbollah libanês e o Hamas palestino.
"Se o veneno for eliminado no Irã, ou se seu regime for submetido à mesma pressão que outros regimes da região, então haverá uma possibilidade de paz e progresso", disse Netanyahu, aludindo à ofensiva da coalizão internacional que cumpre mandato da ONU para proteger os civis líbios das forças leais ao ditador Muamar Kadhafi.
"O Irã já se apoderou de mais da metade da sociedade palestina por meio de seu intermediário, o Hamas. Se o regime iraniano cair, não levará muito tempo até que o Hamas também caia de vez", estimou.
Jerusalém - A "primavera árabe", como está sendo chamado o vasto movimento de protestos que está mudando o mundo árabe, pode se transformar em "um inverno iraniano", advertiu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em entrevista exclusiva à AFP.
"Pode acontecer que a primavera árabe se transforme em um inverno iraniano", disse Netanyahu, indagado sobre as revoltas populares que abalam vários países do mundo árabe, durante uma entrevista concedida no final de semana em sua residência oficial em Jerusalém.
"O que esperamos ver é a primavera europeia de 1989", acrescentou o primeiro-ministro, referindo-se à queda rápida e espectacular do sistema comunista totalitário a partir do fim dos anos 80 no leste europeu.
Entretanto, destacou, há uma chance de que os acontecimentos na região possam ser aproveitados por Teerã, buscando a repetição da revolução islâmica de 1979 no Irã.
Desde o início das revoltas árabes, os líderes israelenses trabalham com a hipótese de um cenário "iraniano", no qual organizações aliadas ou próximas ao regime de Teerã poderiam tirar partido da situação para tomar o poder ou ganhar mais influência.
"Em um período de caos, um grupo islâmico organizado poderia tomar o Estado. Aconteceu no Irã e pode acontecer também em outros lugares", argumentou Netanyahu.
Atualmente, Israel considera o Irã como a principal ameaça à sua segurança, devido a seu programa nuclear. Teerã defende abertamente a destruição de Israel e apoia grupos radicais como o Hezbollah libanês e o Hamas palestino.
"Se o veneno for eliminado no Irã, ou se seu regime for submetido à mesma pressão que outros regimes da região, então haverá uma possibilidade de paz e progresso", disse Netanyahu, aludindo à ofensiva da coalizão internacional que cumpre mandato da ONU para proteger os civis líbios das forças leais ao ditador Muamar Kadhafi.
"O Irã já se apoderou de mais da metade da sociedade palestina por meio de seu intermediário, o Hamas. Se o regime iraniano cair, não levará muito tempo até que o Hamas também caia de vez", estimou.