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Netanyahu descarta criação de Estado palestino se reeleito

Questionado pelo site se suas palavras significavam que não haveria Estado palestino caso mantenha seu posto, ele respondeu: "exatamente"

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu: questionado pelo site se suas palavras significavam que não haveria Estado palestino caso mantenha seu posto, ele respondeu: "exatamente" (Menahem Kahana/AFP)

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu: questionado pelo site se suas palavras significavam que não haveria Estado palestino caso mantenha seu posto, ele respondeu: "exatamente" (Menahem Kahana/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 14h24.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou nesta segunda-feira a criação de um Estado palestino caso continue no poder após as eleições legislativas de terça-feira, citando o perigo de que os territórios cedidos caiam nas mãos de extremistas islâmicos.

"Todos aqueles que querem a criação de um Estado palestino e a retirada desses territórios deixam essas áreas vulneráveis a ataques de extremistas islamitas contra o Estado de Israel. Esta é a realidade que emergiu nos últimos anos", disse ele ao site de notícias NRG.

Questionado pelo site se suas palavras significavam que não haveria Estado palestino caso mantenha seu posto, ele respondeu: "exatamente".

As últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira apontam para a liderança dos trabalhistas de Isaac Herzog, à frente do Likud (direita), de Netanyahu.

Netanyahu disse em outra entrevista à rádio pública que "a realidade mudou" desde o discurso de Bar Ilan, no qual endossou pela primeira vez, em 14 de junho de 2009, a ideia de um Estado Palestino vivendo lado a lado com Israel.

"Este discurso foi proferido antes da tempestade árabe chamada Primavera Árabe que varreu o Oriente Médio, trazendo o islã radical. Todo território cedido cairá nas mãos de radicais islâmicos", ressaltou.

"É impossível aplicar o discurso Bar Ilan, porque frente a nós temos terroristas. Não há parceria para a paz, e nós devemos agir em conformidade", respondeu à rádio quando questionado se o discurso de Bar Ilan era agora obsoleto.

"Não se pode falar sobre a possibilidade de um acordo político viável" com os palestinos, insistiu.

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