Mundo

Netanyahu assegura que relatório da ONU é "tendencioso"

"Este organismo condena Israel mais do que o Irã, Síria e Coreia do Norte juntos", afirma Netanyahu, após a divulgação de um relatório sobre a situação em Gaza


	O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: o líder do país prometeu que Israel seguirá tomando medidas "fortes contra todos os que tratem de atacar" seus cidadãos, sempre "de acordo com a lei internacional"
 (Jack Guez/AFP)

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: o líder do país prometeu que Israel seguirá tomando medidas "fortes contra todos os que tratem de atacar" seus cidadãos, sempre "de acordo com a lei internacional" (Jack Guez/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 12h42.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou nesta segunda-feira de "tendencioso" o relatório da comissão de investigação da ONU sobre o último conflito em Gaza, que acusa seu país de ter cometido crimes de guerra.

"O relatório sobre a operação Limite Protetor da comissão nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU é tendencioso", disse em comunicado o chefe do governo israelense, que acusou esse organismo de "fazer de tudo, menos proteger os direitos humanos".

"Este organismo condena Israel mais do que o Irã, Síria e Coreia do Norte juntos", assegura Netanyahu, para quem o Conselho nomeou para dirigir a comissão investigadora "um homem que dispara contra Israel e que tomou dinheiro dos palestinos".

"Israel não comete crimes de guerra. Se defende de uma organização terrorista assassina que pede sua destruição e que perpetrou muitos crimes de guerra", acrescentou.

Netanyahu insistiu que "qualquer país que queira viver teria atuado desta forma. Mas a comissão espera que um país, cujos cidadãos foram atacados por milhares de mísseis, fique sentado à toa. Não ficaremos sentados".

O líder do país prometeu que Israel seguirá tomando medidas "fortes contra todos os que tratem de atacar" seus cidadãos, sempre "de acordo com a lei internacional".

A vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely, também disse hoje que o relatório pretende "vilipendiar o Estado de Israel e seu Exército, com o único propósito de solapar o direito a defender seus cidadãos dos ataques".

"É bem conhecido que todo o processo que levou à elaboração deste relatório esteve politicamente motivado e foi moralmente deficiente desde o começo", disse em uma nota a Chancelaria israelense.

A comissão investigadora da ONU disse ter recopilado "informação substancial que aponta a sérias violações da lei humanitária internacional e da lei internacional de direitos humanos, tanto por parte de Israel como dos grupos palestinos armados".

E em alguns casos, "estas violações podem ser consideradas crimes de guerra", assegura o documento.

O relatório também aponta grupos armados palestinos de Gaza como responsáveis por possíveis crimes de guerra.

A operação militar israelense Limite Protetor em Gaza, realizada entre 8 de julho e 26 de agosto de 2014, causou a morte de 2.251 palestinos (1.462 deles civis e 551 crianças), enquanto no lado israelense perderam a vida 67 soldados e seis civis.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseCrimeFaixa de GazaGuerrasIsraelONUPalestina

Mais de Mundo

Furacão Beryl deixa pelo menos sete mortos no Caribe e perde força a caminho da Jamaica

Grécia adota semana de 6 dias de trabalho por falta de mão de obra qualificada

Deputado democrata defende que Biden abandone campanha

Trump consegue adiar sentença por condenação envolvendo suborno a ex-atriz pornô

Mais na Exame