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Negociações nucleares com Irã estão acabando, diz EUA

secretário de Estado americano, John Kerry, declarou que as negociações não irão se prorrogar por inércia

O secretário de Estado americano, John Kerry: "negociações não irão se prorrogar por inércia" (Jim Bourg/AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 15h20.

O tempo para se chegar a um acordo sobre o programa nuclear entre as potências ocidentais e o Irã está acabando, e as negociações não irão se prorrogar por inércia, declarou nesta terça-feira o secretário de Estado americano, John Kerry.

Na véspera da mais intensa rodada de negociações, Kerry pediu ao Irã para fazer a escolha certa e mostrar ao mundo que seu programa nuclear é para fins pacíficos.

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"Nós trabalhamos em estreita colaboração com o Irã para encontrar uma maneira de atender a todos os requisitos de um programa para fins pacíficos, civis", escreveu Kerry em um artigo no The Washington Post.

"No entanto, mantém-se as diferenças entre as supostas intenções do Irã sobre seu programa nuclear e os conteúdos atuais do programa", acrescentou.

As potências ocidentais acusam Teerã de tentar adquirir armas nucleares, o que os líderes da República Islâmica negam.

O diálogo entre o Irã e o chamado grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha) para chegar a um acordo que impeça qualquer objetivo militar do programa nuclear do Irã será retomado na quarta-feira em Viena, e o prazo para assinar um tratado expira em 20 de julho.

Em novembro passado, em Genebra, as partes chegaram a um acordo provisório, nos termos do qual o Irã concordou em congelar por seis meses o seu enriquecimento de urânio em troca de um alívio das sanções impostas a sua economia.

"Nossos negociadores trabalharão sem pausas em Viena, até 20 de julho", prometeu Kerry.

"Talvez haja pressões para estender o prazo. Mas uma extensão não é possível a menos que todas as partes concordem, e os Estados Unidos e nossos aliados não aceitarão uma extensão simplesmente por inércia", disse ele.

"O Irã tem que escolher", disse o secretário de Estado, acrescentando que "o tempo é curto".

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