Não sabia de suborno até colapso da ISL, diz Blatter
Joseph Blatter, presidente da Fifa, afirma em entrevista ao jornal que suborno é inaceitável
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h56.
Berna - Joseph Blatter, presidente da Fifa , nada sabia a respeito dos subornos pagos a seu antecessor, João Havelange, pela extinta parceira comercial ISL até a falência da empresa em 2001, disse ele em entrevista ao jornal suíço SonntagsBlick.
"Não soube senão mais tarde, após o colapso da ISL em 2001, sobre o suborno", afirmou ele em entrevista ao jornal.
"Foi a FIFA quem apresentou uma queixa na ocasião e colocou o caso da ISL em andamento", acrescentou, referindo-se a 29 de maio de 2001, quando, após a ISL falir, a Fifa fez uma queixa por "suspeita de fraude, desvio e apropriação indevida de fundos".
"Quando digo agora que é difícil mensurar o passado pelos padrões de hoje, é uma afirmação genérica. Para mim suborno é inaceitável, e nem o tolero nem tento justificá-lo. Mas é disso que sou acusado agora".
"Esta semana a Corte Suprema da Suíça mostrou que estavam erradas todas essas pessoas, que durante anos me acusaram de receber propina. Agora está registrado o que eu sempre disse: nunca recebi nem ofereci propina", disse Blatter.
"Agora as mesmas pessoas estão tentando me atacar por um outro ângulo: 'Certo, ele não aceitou suborno, mas deve ter sabido'".
"Mais uma vez, eu só soube após a falência da ISL anos depois. E isso porque instigamos o assunto. As pessoas que me atacam agora sabem que é esse o caso, mas persistem, me querem fora do cargo." Um promotor suíço afirmou em um documento legal divulgado nesta semana que Havelange e Ricardo Teixeira, ex-membro do comitê executivo da FIFA e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aceitaram propinas multimilionárias da ISL em acordos da Copa do Mundo nos anos 1990.
A ISL vendeu os direitos de transmissão dos Mundiais de futebol em nome da FIFA, e faliu com dívidas na casa dos 300 milhões de dólares em 2001.
Blatter, que está na Fifa desde 1975 e sucedeu Havelange como presidente em 1998, disse na quinta-feira saber que os pagamentos estavam sendo feitos, referindo-se a eles como "comissão" e dizendo não serem ilegais à época.
Indagado em uma sessão de perguntas e respostas no site da própria Fifa (www.fifa.com) no mesmo dia se sabia dos pagamentos, Blatter rebateu: "Sabia o quê? Que se pagava comissão? Na época, esses pagamentos podiam até ser deduzidos do imposto como despesas comerciais".
"Hoje, isso seria punível pela lei. Você não pode julgar o passado com base nos padrões de hoje".
Havelange ainda é presidente honorário da Fifa, e Teixeira deixou o cargo no início do ano, pouco depois de renunciar à presidência da CBF.
Berna - Joseph Blatter, presidente da Fifa , nada sabia a respeito dos subornos pagos a seu antecessor, João Havelange, pela extinta parceira comercial ISL até a falência da empresa em 2001, disse ele em entrevista ao jornal suíço SonntagsBlick.
"Não soube senão mais tarde, após o colapso da ISL em 2001, sobre o suborno", afirmou ele em entrevista ao jornal.
"Foi a FIFA quem apresentou uma queixa na ocasião e colocou o caso da ISL em andamento", acrescentou, referindo-se a 29 de maio de 2001, quando, após a ISL falir, a Fifa fez uma queixa por "suspeita de fraude, desvio e apropriação indevida de fundos".
"Quando digo agora que é difícil mensurar o passado pelos padrões de hoje, é uma afirmação genérica. Para mim suborno é inaceitável, e nem o tolero nem tento justificá-lo. Mas é disso que sou acusado agora".
"Esta semana a Corte Suprema da Suíça mostrou que estavam erradas todas essas pessoas, que durante anos me acusaram de receber propina. Agora está registrado o que eu sempre disse: nunca recebi nem ofereci propina", disse Blatter.
"Agora as mesmas pessoas estão tentando me atacar por um outro ângulo: 'Certo, ele não aceitou suborno, mas deve ter sabido'".
"Mais uma vez, eu só soube após a falência da ISL anos depois. E isso porque instigamos o assunto. As pessoas que me atacam agora sabem que é esse o caso, mas persistem, me querem fora do cargo." Um promotor suíço afirmou em um documento legal divulgado nesta semana que Havelange e Ricardo Teixeira, ex-membro do comitê executivo da FIFA e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aceitaram propinas multimilionárias da ISL em acordos da Copa do Mundo nos anos 1990.
A ISL vendeu os direitos de transmissão dos Mundiais de futebol em nome da FIFA, e faliu com dívidas na casa dos 300 milhões de dólares em 2001.
Blatter, que está na Fifa desde 1975 e sucedeu Havelange como presidente em 1998, disse na quinta-feira saber que os pagamentos estavam sendo feitos, referindo-se a eles como "comissão" e dizendo não serem ilegais à época.
Indagado em uma sessão de perguntas e respostas no site da própria Fifa (www.fifa.com) no mesmo dia se sabia dos pagamentos, Blatter rebateu: "Sabia o quê? Que se pagava comissão? Na época, esses pagamentos podiam até ser deduzidos do imposto como despesas comerciais".
"Hoje, isso seria punível pela lei. Você não pode julgar o passado com base nos padrões de hoje".
Havelange ainda é presidente honorário da Fifa, e Teixeira deixou o cargo no início do ano, pouco depois de renunciar à presidência da CBF.