Mundo

Não existe "risco zero" em relaxamento de restrições de viagens, diz OMS

Onda de infecções novas em muitas partes do mundo induziu algumas nações a readotar algumas restrições de viagem, incluindo exames para passageiros

Passageiros no aeroporto de São Francisco: OMS exortou todos os países a realizarem suas próprias análises de risco-benefício antes de suspenderem qualquer uma ou todas suas restrições de viagens (Kate Munsch/Reuters)

Passageiros no aeroporto de São Francisco: OMS exortou todos os países a realizarem suas próprias análises de risco-benefício antes de suspenderem qualquer uma ou todas suas restrições de viagens (Kate Munsch/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2020 às 13h24.

Última atualização em 31 de julho de 2020 às 13h26.

Não existe uma estratégia de "risco zero" para os países relaxarem as restrições de viagens internacionais durante a pandemia de Covid-19, e as viagens essenciais para emergências deveriam continuar sendo a prioridade, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em uma atualização muito aguardada de sua diretriz de viagens, a agência de saúde global das Nações Unidas disse que as travessias de fronteiras para emergências, trabalho humanitário, transferência de pessoal essencial e repatriação constituiriam viagens essenciais.

"Não existe 'risco zero' quando se considera a importação ou exportação em potencial de casos no contexto das viagens internacionais", disse a entidade na diretriz atualizada publicada em seu site.

Uma onda de infecções novas em muitas partes do mundo induziu algumas nações a readotar algumas restrições de viagem, incluindo exames e quarentenas para passageiros de chegada.

Em junho, a OMS disse que atualizaria suas diretrizes de viagem antes das férias de verão do hemisfério norte.

A diretriz da OMS pode ser usada por governos e indústrias como auxiliar na formulação de políticas, mas não é obrigatória.

A diretriz de viagem atualizada mudou pouco em relação a orientações anteriores, que também incluíram conselhos para o controle de infecções aplicáveis a outras situações, como praticar distanciamento social, usar máscaras, lavar as mãos e evitar tocar o rosto.

A OMS exortou todos os países a realizarem suas próprias análises de risco-benefício antes de suspenderem qualquer uma ou todas suas restrições de viagens. As autoridades deveriam levar em conta os padrões locais de epidemiologia e transmissão, disse, além de medidas de saúde nacional e de distanciamento social já em vigor.

Nações que escolherem submeter todos os passageiros de chegada a quarentenas deveriam fazê-lo depois de avaliar os riscos e considerar as circunstâncias locais, disse a OMS.

"Os países deveriam planejar continuamente e avaliar suas capacidades emergenciais para examinar, rastrear, isolar e administrar casos importados e quarentenas de contatos."

Nesta semana, a OMS disse que as restrições de viagens internacionais não podem vigorar por tempo indeterminado e que os países terão que fazer mais para diminuir a disseminação do novo coronavírus dentro de suas fronteiras.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusOMS (Organização Mundial da Saúde)PandemiaViagens

Mais de Mundo

Pelo menos seis mortos e 40 feridos em ataques israelenses contra o Iêmen

Israel bombardeia aeroporto e 'alvos militares' huthis no Iêmen

Caixas-pretas de avião da Embraer que caiu no Cazaquistão são encontradas

Morre o ex-primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, aos 92 anos